|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Justiça do ES condena trabalhador a pagar indenização a empresa
A Justiça do Trabalho do Espírito Santo condenou, em primeira instância, um funcionário a pagar indenização por danos morais a uma empresa.
O caso ocorreu na companhia de engenharia de utilidades Servtec, quando um de seus
ex-funcionários entrou na Justiça com uma reclamação trabalhista contra a empregadora.
A Arcelor Mittal, que era cliente da Servtec, também foi citada no processo.
O trabalhador, que era membro da Cipa e, portanto, possuía
garantia de estabilidade temporária no emprego, acusava a
Servtec de não oferecer condições de segurança suficientes.
O ex-funcionário também
afirmava que foi coagido pela
empresa a pedir demissão, mas,
de acordo com a ata de audiência do julgamento, durante o
seu depoimento, ele confessou
que havia renunciado ao cargo
de membro da Cipa espontaneamente.
No mesmo processo, simultaneamente, a Servtec, que era
ré, entrou com processo contra
o autor, dizendo que, ao citar a
Arcelor Mittal na reclamação, o
ex-funcionário comprometia a
imagem da Servtec perante sua
cliente. "A Servtec não estava
interessada na indenização, de
R$ 1.855.75, mas, sim, em manter a imagem. Ao dizer que as
medidas de segurança não
eram cumpridas e que havia
ocorrido coação, o reclamante
arranhou a imagem da empresa
perante o mercado e a cliente
Arcelor Mittal", afirma Mayra
Palópoli, advogada da Servtec.
A advogada do ex-funcionário, Luciene de Oliveira, entrou
com recurso da sentença de
primeiro grau. No tribunal, o
processo já foi distribuído e
aguarda ser colocado em pauta
para novo julgamento. "É uma
aberração jurídica. É atípico.
Tenho certeza de que a decisão
será revertida", diz Oliveira.
A situação é incomum, segundo o Tribunal Regional do
Trabalho de Vitória, cujas decisões, em sua maioria, ocorrem
em sentido contrário, dando
ganho de causa aos ex-funcionários. Mas a Justiça também
entende que a pessoa jurídica,
assim como a pessoa física, pode ser alvo de danos morais, de
acordo com a sentença.
Contratação segue em alta na construção civil
Mais 23,7 mil trabalhadores com carteira assinada foram contratados pela construção civil brasileira em novembro. O número de empregados alcançou a marca
dos 2,35 milhões.
Trata-se de um novo recorde, que acontece em um
momento em que se fala sobre a escassez de mão de
obra que o setor deve começar a enfrentar a partir do
início deste ano.
O dados são de levantamento feito pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado
de São Paulo) e pela FGV
(Fundação Getulio Vargas).
No acumulado dos 11 meses de 2009, foram contratados 266,3 mil trabalhadores
no país, o que representa
crescimento de 12,78%.
No Estado de São Paulo,
5.000 trabalhadores foram
contratados em novembro.
Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, afirma que os dados apontam
que o setor se manteve aquecido mesmo em novembro,
mês em que as contratações
costumam cair.
O resultado indica também uma expectativa de que
o PIB da construção irá crescer aproximadamente 9%
neste ano, com contratação
de mais 180 mil trabalhadores, afirma Watanabe.
ALONGAMENTO
Sócio da rede de academias A! Body Tech,
Alexandre Accioly deve
finalizar uma conversa
com fundos de "private equity" dentro dos
próximos 90 dias.
No momento, o empresário está em discussão com três fundos, dois estrangeiros
e um brasileiro. Das
negociações deve resultar um aporte de R$
100 milhões, de acordo
com Accioly.
O também sócio Luiz
Urquiza afirma que os
recursos serão destinados à expansão da rede
de academias, que possui atualmente 19 unidades no Brasil, com
cerca de 49 mil alunos,
e registrou faturamento de R$ 108 milhões
no ano passado.
A meta é alcançar 85
unidades, com 180 mil
alunos e R$ 500 milhões de faturamento
em cerca de cinco
anos.
Em São Paulo, a empresa, que já atua há
cinco anos no clube Pinheiros com aulas coletivas, acaba de entrar
também na área de
musculação.
MAIS CRÉDITO 1
O saldo dos empréstimos
do Banco do Brasil para concessionárias e agências de
veículos cresceu 56% no ano
passado. "As concessionárias e agências estão entre os
segmentos que mais demandaram crédito em 2009", diz
Ricardo Flores, vice-presidente de crédito do banco.
MAIS CRÉDITO 2
O financiamento de veículos no Banco do Brasil também teve crescimento expressivo: avançou 30% até
setembro, atingindo R$ 8,6
bilhões. Considerando as
aquisições de Nossa Caixa e
Votorantim, a carteira mais
que dobrou, chegando a R$
19,2 bilhões em setembro.
RISCOS PARA 2010
"Só mesmo com um coração valente para enfrentar o
show de horror que pode acontecer em 2010." Esta é a
afirmação do estrategista Marcelo Ribeiro, da Pentágono
Asset Management, que, ao enviar aos seus clientes um
relatório com os potenciais riscos para os mercados neste
ano, anexou uma imagem do filme "Coração Valente".
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
Próximo Texto: Rio São Francisco pode ter 2 usinas nucleares Índice
|