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País é capa da 'Economist'
do Conselho Editorial
A revista britânica "The Economist", na edição que vai hoje
às bancas, puxa o Brasil para a
capa, sob o título "Nuvens de
tempestade do Brasil".
O texto de abertura da revista
diz que, com a desvalorização,
"o gigante latino-americano, a
oitava economia no mundo,
que apenas dois meses atrás ganhara um pacote de respaldo
internacional de US$ 41,5 bilhões, admitiu a derrota".
"The Economist" lembra
que, há um ano, em entrevista a
ela própria, o presidente Fernando Henrique Cardoso "deixara claro que a desvalorização, ocorresse quando ocorresse, seria um desastre político".
Mas a revista não avança em
previsões sobre as consequências da desvalorização para o
Brasil ou os efeitos que a crise
no "gigante latino-americano"
terá sobre o resto do planeta.
Diz apenas o óbvio: que tanto
a chance de manter sob controle a desvalorização como a de
recuperar a confiança dos investidores "parecem magras".
Sobre os reflexos internacionais, a revista é ainda mais cautelosa: diz que "é menos óbvio
que, impacto internacional, a
crise brasileira terá". Depois de
afirmar que os mercados, agora, estão mais calmos que em
outubro (na sequência da crise
na Rússia), lembra, porém, que
"a estabilidade ainda é frágil".
A revista britânica, uma espécie de Bíblia dos grandes empresários e investidores internacionais, também faz restrições, mais moderadas que as de
outros meios de comunicação,
à atuação do FMI.
Pede, de todo modo, que "o
FMI e outros potenciais arquitetos da nova ordem financeira
internacional também ponderem sobre as lições mais amplas tanto desse episódio como
dos do Leste asiático".
Uma das lições é a de que dificilmente funcionam tentativas
de defender taxas de câmbio
casadas (com o dólar), mesmo
com suporte internacional.
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