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TURISMO
Para Procon, consumidor deve negociar diretamente com financeiras
Cliente não deve cancelar pagamentos à Stella Barros
DA REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Quem fechou contrato com a
operadora de turismo Stella Barros -que pediu falência anteontem- e ainda está realizando pagamentos parcelados por meio de
financeiras ou no cartão de crédito não deve suspender seus pagamentos. Essa é a orientação do
Procon (Fundação de Proteção e
Defesa do Consumidor).
Segundo Maria Lumena Sampaio, diretora de atendimento do
Procon, os contratos fechados
com a operadora e aqueles firmados com a financeira são independentes. Sampaio diz que os clientes podem entrar em contato com
as financeiras e tentar negociar o
cancelamento dos pagamentos.
Ilya Hirsch, presidente da Braztoa (operadoras de turismo), afirma que as 60 operadoras associadas à entidade se dispuseram a
vender pacotes iguais ou similares
aos oferecidos pela Stella Barros a
preço de custo. A lista de operadoras pode ser acessada no site
www.braztoa.com.br.
Hirsch afirma que a Stella Barros possuía 50 pacotes fechados,
cerca da metade deles para viagens internacionais.
A Tia Augusta, uma das principais concorrentes da Stella Barros, está assumindo parte dos pacotes com viagens para os Estados
Unidos. De acordo com Luiz Filipe Fortunato, diretor-executivo
da operadora, os pacotes estão
sendo oferecidos com um desconto médio de 30%.
Para quem ainda está planejando viajar, o Procon recomenda
que o cliente verifique se precisa
mesmo contratar algum intermediário ou se é possível fechar o negócio diretamente com empresas
aéreas e hotéis. Além disso, é recomendável procurar os órgãos
de defesa do consumidor e verificar se há reclamações contra a
empresa.
A falência da Stella Barros reflete o mau momento do setor. Os
gastos dos turistas brasileiros que
viajaram ao exterior a passeio caíram de US$ 1,276 bilhão em 2001
para US$ 829 milhões no ano passado, segundo dados do Banco
Central -queda de 35%.
Apenas dois dos segmentos
analisados tiveram aumento de
gastos com viagens internacionais. O principal é o de funcionários de governo, que gastaram em
viagens ao exterior em 2002 mais
do que o dobro do ano anterior.
Desde 1989 os turistas brasileiros não gastavam tão pouco fora
do país. A disparada do dólar e a
queda na renda da população explicam o menor interesse em relação às viagens para o exterior.
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