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MERCADO FINANCEIRO
Inspetor não faz declarações bombásticas, e moeda pára; Bovespa cai 0,26% com 2º menor giro do ano
Dólar estaciona com discurso sem novidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A expectativa de que Hans Blix,
chefe dos inspetores de armas da
ONU, falasse ontem às Nações
Unidas algo que pudesse levar os
EUA a atacar imediatamente o
Iraque -e que fez o dólar subir
1,66% na quinta-feira- não se
concretizou. O dólar sofreu algumas variações durante o dia, mas
terminou na mesma cotação do
fechamento anterior, R$ 3,665. Na
semana, a moeda norte-americana se valorizou em 2,23%.
O discurso, sem nenhuma novidade bombástica, colaborou para
que as Bolsas internacionais subissem. Entretanto a Bovespa não
acompanhou o otimismo no exterior e caiu 0,26%, com volume
de apenas R$ 293 milhões, o segundo menor do ano.
Segundo Alvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora, os principais motivos que têm provocado
a desvalorização das ações na Bolsa são a aversão ao risco e a proteção dos investidores, que procuram nos momentos de instabilidade investimentos que sofram
menos oscilações. "Nós, emergentes, sentimos ainda mais os
efeitos", disse Bandeira.
Para ele, prevalecem atualmente no mercado os especuladores e
investidores interessados em operações de curtíssimo prazo, o que
favorece que as ações operem
com muita volatilidade.
A maior alta foi a Telemig Participações PN (4,7%), e a maior
queda, a Embraer PN (5,9%).
Selic deve subir
Segundo uma pesquisa feita pela agência de notícias Reuters, o
Banco Central deverá aumentar a
Selic na próxima semana para
conter a inflação. Pelo menos essa
é a opinião de 18 dos 22 economistas ouvidos na pesquisa, que
inclui bancos e consultorias.
Dos entrevistados, nove acreditam que a alta deve ser de meio
ponto percentual e outros nove
acham que deve ser de um ponto,
ou seja, passar para 26,5% ao ano.
"Há um aumento das expectativas inflacionárias que deve ser rapidamente contido, e somente
uma política monetária forte pode fazer isso", disse Marcelo Salomon, economista-chefe do banco
ING em São Paulo.
A possibilidade do aumento dos
juros se refletiu nas negociações
da BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros). Os contratos DI (que
consideram os juros entre os bancos) com vencimento em julho, os
mais negociados, subiram de
28,28% para 28,35% ao ano.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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