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VAREJO
Resultado de janeiro ficou acima do esperado e pode levar a nova alta dos juros
Clima ameno eleva vendas nos EUA
DA REDAÇÃO
As vendas no varejo nos Estados Unidos subiram quase o triplo do que era esperado em janeiro, graças ao clima ameno (é inverno no hemisfério Norte) e à
troca de vales-presentes recebidos
de Natal, num sinal de que a economia do país pode ter uma retomada no primeiro trimestre.
As vendas tiveram alta de 2,3%,
a maior desde maio de 2004. Excluindo as vendas de automóveis,
o crescimento ficou em 2,2%. Os
analistas esperavam alta de 0,8%
nas vendas e de 0,7% excluindo
automóveis.
"Foi um mês ameno, sem nevascas, mas, na verdade, podemos ver uma desaceleração já em
fevereiro", disse Elisabeth Denison, economista do Dresdner
Kleinwort Wasserstein.
Juros
A força do varejo pode fazer
com que o Fed (Federal Reserve, o
banco central dos EUA) aumente
as taxas de juros do país em sua
próxima reunião para manter a
inflação sob controle. O consumo
responde por cerca de dois terços
do PIB (Produto Interno Bruto)
dos Estados Unidos.
Há incerteza nos mercados
quanto à trajetória da taxa de juros, já que a próxima reunião do
Fed é a primeira com Ben Bernanke, novo presidente do órgão, no
comando. Ele depõe hoje no Congresso pela primeira vez e pode
indicar mudanças no rumo da
política monetária do país; uma
possibilidade é a adoção de uma
meta de inflação explícita, como a
usada no Brasil.
Além disso, muitos analistas
acreditam que a taxa, hoje em
4,5%, já está em um nível considerado "neutro" (que não estimula
nem freia a economia), que é o
objetivo do BC dos EUA.
Se os juros dos EUA voltarem a
subir, isso torna os investimentos
em títulos daquele país mais
atraentes, o que pode fazer com
que investidores tirem dinheiro
do Brasil, onde os papéis são de
risco maior.
A expectativa de nova alta nos
juros dos EUA fez com que os títulos do Tesouro dos EUA caíssem ontem. A Bolsa de Nova
York, no entanto, subiu 1,25%,
para 11.028,39 pontos, com o resultado das vendas no varejo, que
é positivo para as empresas. A
Bolsa eletrônica Nasdaq subiu
1%, para 2.262,17 pontos.
Com agências internacionais
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