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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Ibre propõe reforma simples e transparente
A reforma tributária que o
governo deve apresentar ao
Congresso nas próximas semanas tem de ser simples e transparente para a sociedade perceber os impostos que paga e, assim, poder se manifestar democraticamente sobre essa questão na hora de eleger seus representantes.
A avaliação consta da Carta
do Ibre (Instituto Brasileiro de
Economia), que será publicada
na próxima edição da revista
"Conjuntura Econômica". De
acordo com o texto, é provável
que o eleitorado não venha cobrando dos políticos uma mudança na estrutura dos impostos indiretos porque não a enxerga e tampouco a entende.
Segundo a Carta do Ibre, o
ideal seria a introdução de um
IVA (Imposto sobre Valor
Agregado) nacional que fosse
compartilhado pelos Estados e
municípios, que substituísse
ICMS, PIS/Pasep, Cofins, Cide,
Taxa das Teles, ISS, contribuições ao Sistema S e salário-educação. Os cálculos são que um
tributo desse tipo proporcionaria uma arrecadação de 16% do
PIB.
"É evidente que a alíquota
desse super-IVA seria muito
elevada, mas seria isso, justamente, que produziria o efeito
colateral benéfico de explicitar
a carga tributária, criando a demanda na sociedade por melhoras ou redução no gasto público", diz o texto.
Outra mudança necessária
para criar um verdadeiro IVA
no Brasil, sugerida pela Carta
do Ibre, dentro dos melhores
parâmetros internacionais, é a
de estabelecer o princípio do
destino para efeito da cobrança
do imposto, com tributação interestadual compensatória na
origem.
Além disso, o texto considera
ainda muito importante que,
como no caso de diversos países, o valor referente ao imposto constasse das notas fiscais
que os consumidores recebem
quando adquirem produtos no
comércio ou pagam por serviços.
"Assim, ao fazer uma compra
em uma loja ou na hora de pagar a conta no restaurante, o
brasileiro típico teria a exata
medida de em quanto está sendo tributado para financiar os
serviços estatais dos quais desfruta o cidadão", afirma o texto.
"Essa transparência serviria
para reforçar o exercício da democracia no Brasil, e seria muito saudável se a população pusesse em questão o desenho do
arcabouço tributário nacional."
JÓIA RARA
A joalheira Noia Carolina, que negociou por dois anos
na Bolsa de diamantes de Israel antes de abrir escritório
no Brasil, em 2001, onde atendia clientes reservadamente, agora abre uma loja no Shopping Cidade Jardim, em
São Paulo. "Já pensei no Iguatemi e na Daslu, mas há
muitas joalherias nesses lugares. Nos Jardins, tem problema de segurança. A JHSF me procurou e vou abrir em
março no shopping." Noia diz que, se não tiver uma pedra
muito especial em sua loja, manda buscar nas Bolsas da
Antuérpia (Bélgica) ou de Israel, onde tem contatos.
GUERRA NA XÍCARA
Com as vendas em baixa nos Estados Unidos, a Starbucks está testando no país um café vendido a US$ 2,50 o
copo. Se os testes forem bem-sucedidos, a empresa vai incorporar um produto "premium" novo a seu cardápio para tentar combater a primeira queda na freqüência de
suas lojas nos EUA em 37 anos de existência. A nova estratégia também é um jeito de concorrer com o McDonald's, que tem abocanhado clientes da rede de cafeterias
ao vender copos de café por US$ 1,39.
QUATRO CORDAS
Um violino fabricado
pelo italiano Giuseppe
Guarneri no século 18 superou todos os valores alcançados em outros leilões de instrumentos musicais. O último recorde
era de US$ 3,54 milhões,
alcançado por um Stradivarius. A casa de leilões
Sotheby's não quis divulgar o quanto foi apurado
com o instrumento, vendido a um advogado e músico russo de 35 anos. O
alto valor alcançado pelo
violino pode ser explicado
pela raridade do instrumento -hoje, só há 150
deles fabricados por
Guarnieri, contra 600
existentes de Stradivari.
APETITE
De outubro a dezembro, a
Itaú Corretora intermediou
R$ 32,475 bilhões na Bovespa -volume 106,3% superior a igual período de 2006
e 7,9% sobre o trimestre anterior. Na BM&F foram intermediados 2,7 milhões de
contratos no quarto trimestre, alta de 15,7% ante o mesmo período de 2006. No
mercado de Home Broker, o
Itautrade negociou R$ 3,361
bilhões, 149,1% a mais do
que em igual período de
2006.
BOLÉIA
A Casas Bahia vai ampliar
a sua frota com os caminhões da Mercedes-Benz. A
empresa acaba de negociar a
aquisição de 1.050 novos
veículos. Do total, 750 unidades são do modelo leve
Accelo 915 C.
PAJELANÇA
A aldeia dos índios Pataxós, na Reserva da Jaqueira,
em Porto Seguro, passou a
aceitar cartões de crédito Visa como forma de pagamento na venda de artesanato
produzido pelos nativos. A
implantação do sistema, por
meio da VisaNet Brasil, vai
auxiliar o comércio de cocares, pulseiras e cestos.
BACALHOADA
O grupo Pão de Açúcar,
que importou mais de 3.600
toneladas de peixes para o
período de Páscoa, registrou
aumento de mais de 32% nas
vendas do produto na primeira semana deste mês ante o mesmo período do ano
passado.
GERÊNCIA
O INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial)
fechou 2007 com alta de cerca de 80% nas vendas, chegando a R$ 202 milhões.
Empresas no exterior representam hoje 14% dos contratos do INDG. A Europa tem
43% desses negócios, seguida por Américas Latina
(30%) e do Norte (27%).
NEGÓCIOS
Carlos Faccina, ex-diretor
de RH da Nestlé, assumiu o
cargo de chanceler da Universidade Anhembi Morumbi, cuja estratégia é buscar talentos para os cursos
de negócios, após a aquisição
da Business School São Paulo, em dezembro.
24 HORAS
O Banco24Horas acaba de
atingir a marca de 4.000 terminais instalados no país.
Administrados pela TecBan,
os terminais estão em 330
cidades.
ENERGIA
A Mabe Construção e Administração de Projetos fechou dois contratos, com valor total de 1,4 bilhão para
a construção de duas usinas
termoelétricas no Nordeste
que irão gerar 1.080 MW de
energia. O escritório Leite,
Tosto e Barros Advogados
Associados assessorou a negociação. A primeira usina,
que será movida a carvão,
será construída perto do
porto de Itaqui, no Maranhão. A segunda será construída perto do porto do Pecém, no Ceará.
NO TOPO
O UBS está importando
salvadores estrangeiros para
administrar sua crise, segundo a última edição da revista britânica "The Economist". O executivo brasileiro
André Esteves é um dos destaques de reportagem. Com
um currículo "fora do comum", segundo o semanário, Esteves foi uma escolha
"heterodoxa". Na quarta, o
UBS nomeou o sueco Jerker
Johansson, do Morgan Stanley, para chefiar seu banco
de investimento.
DE LUXO
A escola de idioma Berlitz
foi convidada para entrar no
LMC (Luxury Marketing
Council), organização de negócios de dirigentes de empresas de luxo, com mais de
700 afiliados no mundo.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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