São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2009

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Países ricos prometem não usar medidas protecionistas

DA REDAÇÃO

Os ministros das Finanças do G7 (grupo que reúne as sete nações mais industrializadas do mundo) disseram que vão usar todas as "ferramentas" disponíveis para combater a crise global, que, segundo eles, vai durar todo este ano, mas afirmaram que não recorrerão a medidas protecionistas.
"Um sistema aberto para o investimento e o comércio mundiais é indispensável para a prosperidade global", afirmou comunicado do grupo que reúne, entre outros, EUA e França, dois países que foram acusados de adotar medidas protecionistas para a sua indústria.
O governo francês garantiu empréstimos bilionários para as montadoras locais desde que elas mantenham abertas suas fábricas no país e não demitam funcionários. No caso dos EUA, o Congresso aprovou um artigo no pacote de estímulo de US$ 787 bilhões que determina que todas as obras do plano usem aço, ferro e produtos manufaturados norte-americanos.
Sem dar detalhes do que pretendem fazer, os membros do G7 disseram que estão trabalhando para restaurar a confiança dos mercados e o crescimento da economia mundial.
"Nós reafirmamos o nosso compromisso de agirmos juntos, usando ferramentas de amplo alcance para apoiar o crescimento e o emprego e fortalecer o setor financeiro", disse a nota. "A estabilização da economia global e dos mercados financeiros permanece como a nossa principal prioridade."
Criticado por seus colegas na reunião em Roma pela falta de detalhamento do plano americano para socorrer as instituições financeiras (repetindo as reclamações do mercado na semana passada), o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, continuou sem avançar pontos do pacote e disse que a economia global está enfrentando "enormes desafios".
"Os governos de todo o mundo estão agindo com força e urgência maiores para resolver esses desafios. Essas ações são fundamentais para criar as bases para a recuperação e a reforma e precisam ser mantidas em uma escala proporcional à severidade da crise."
O plano dos EUA prevê compra de ativos "podres dos bancos", ajuda aos proprietários de casas e medidas para destravar o crédito e promete movimentar até US$ 2 trilhões.


Com agências internacionais


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