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Economia dos EUA passa por período difícil, afirma Bush
Superado esse período, a "condução será mais suave"
DA REDAÇÃO
O presidente dos Estados
Unidos, George W. Bush, afirmou ontem, em discurso em
Nova York, que a economia
norte-americana passa por um
"momento difícil". As declarações foram feitas momentos
após a ajuda do Fed (Federal
Reserve, o BC americano) ao
banco de investimento Bear
Stearns, o quinto maior do país.
Em um tom um pouco mais
otimista que o do discurso da
sexta-feira anterior, o mandatário disse que o país está passando por um "trecho acidentado", mas que, atravessando
esse período, a "condução será
mais suave". "Estou confiante
de que a nossa economia irá
continuar a crescer, porque a
fundação é sólida."
"Em um mercado livre, haverá momentos bons e ruins. É
assim que o mercado funciona.
Haverá altos e baixos. E, depois
de 52 meses consecutivos de
crescimento no mercado de
trabalho -que é um recorde-,
nossa economia obviamente
está passando por um momento difícil. Está passando por um
momento difícil no mercado
imobiliário e nos mercados financeiros."
Ele lembrou que enfrentou
um período de recessão no começo do seu primeiro mandato, em 2001, e que a economia
do país conseguiu superá-lo. "E
a coisa interessante é que todas
as vezes essa economia retornou melhor e mais forte." Bush
também ressaltou a importância para a recuperação da economia do pacote de estímulo de
cerca de US$ 170 bilhões aprovado no mês passado.
Durante suas declarações ao
Clube Econômico de Nova
York, Bush mencionou os números que considera positivos
-taxa de desemprego, salários,
exportações etc.- e os negativos, como a perda de valor das
casas, os cortes no mercado de
trabalho e o aumento nos preços da energia. E, repetindo o
discurso da semana passada,
disse que a economia "claramente se desacelerou" no quarto trimestre do ano passado,
quando cresceu 0,6% -a menor taxa em cinco anos.
Em pesquisa feita pelo "Wall
Street Journal", 71% dos economistas dizem acreditar que o
país já está em recessão. A definição padrão de recessão nos
EUA envolve dois trimestres
consecutivos de crescimento
negativo. E, na semana passada, pela primeira vez, a Casa
Branca não descartou retração
no primeiro trimestre.
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