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Plano de saúde não resolve 65% das queixas
Segundo o Procon-SP, as empresas do setor foram as que menos atenderam às reclamações dos clientes no ano passado
Telefônica lidera pela sexta vez o ranking do órgão, com 95% mais queixas do que em 2006, quando também aparecia no topo da lista
ELIANE MENDONÇA
DO "AGORA"
As empresas de planos de
saúde foram as que menos
atenderam às reclamações dos
clientes em 2007. Segundo um
levantamento divulgado ontem
pelo Procon-SP (Fundação de
Proteção de Defesa do Consumidor), 64,23% das queixas
não foram resolvidas.
O ranking dos planos mais
reclamados inclui 19 empresas,
com um total de 397 reclamações recebidas, das quais 255
não foram atendidas. A Medial
Saúde aparece em primeiro lugar nessa lista -87% das 39
queixas não tiveram solução.
Em seguida, está a Avimed
Saúde/Aviccena Assistência
Médica, com 58% das 55 reclamações não solucionadas. Em
terceiro, a Samcil, que deixou
30% das 50 queixas sem solução. Segundo o diretor-executivo do Procon-SP, Roberto
Pfeiffer, a maioria das reclamações do setor foi motivada por
falta de atendimento ou por alguma alteração na rede credenciada, que acabou acarretando
problemas.
Tal situação ocorre com freqüência, diz, quando uma empresa compra a carteira de
clientes de outra. Esse é o caso,
por exemplo, das três primeiras
colocadas: a Avimed incorporou a Saúde ABC, a Samcil comprou a SIM, e a Medial Saúde ficou com os clientes da Amesp.
No ranking geral das empresas mais reclamadas, a Telefônica aparece na liderança pela
sexta vez, com 95% mais reclamações do que as registradas
em 2006, quando também foi
campeã de queixas.
De acordo com o levantamento, em 2007 o Procon registrou 4.240 reclamações contra a Telefônica, contra apenas
2.262 em 2006. Antes, a empresa já havia encabeçado a lista
nos anos de 1998, 1999, 2000 e
2001. Por outro lado, a Telefônica foi a empresa que mais
atendeu as reclamações dos
clientes, solucionando 96% das
queixas.
A Telefônica atribuiu o crescimento das reclamações à mudança na tarifação das ligações
locais do sistema de pulsos para
minutos. Além disso, a empresa
questiona o critério utilizado
para a elaboração do ranking
(leia texto nesta página).
Entre as demais empresas da
lista, estão outras operadoras
de telefonia, além de bancos e
concessionárias de serviços públicos.
Na segunda colocação está o
Itaú, seguido por BenQ (celulares Siemens), Vivo, Mitsubishi/Aiko/Evadin, Embratel,
TIM, Santander, cartão C&A,
Motorola, Bradesco, Banco Fininvest, Claro, Citibank S.A.,
LG Electronics, Sabesp, Caixa
Econômica Federal, Unibanco,
Samsung e Eletropaulo.
Segundo o Procon, a relação
contém apenas queixas fundamentadas. Ou seja, as demandas de consumidores que não
foram solucionadas com a primeira intervenção do Procon-SP e acabaram resultando na
abertura de um processo administrativo. Logo, das 20 empresas que lideram o ranking, todas têm autuação e respondem
a processos na entidade.
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