São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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Plano de saúde não resolve 65% das queixas

Segundo o Procon-SP, as empresas do setor foram as que menos atenderam às reclamações dos clientes no ano passado

Telefônica lidera pela sexta vez o ranking do órgão, com 95% mais queixas do que em 2006, quando também aparecia no topo da lista

ELIANE MENDONÇA
DO "AGORA"

As empresas de planos de saúde foram as que menos atenderam às reclamações dos clientes em 2007. Segundo um levantamento divulgado ontem pelo Procon-SP (Fundação de Proteção de Defesa do Consumidor), 64,23% das queixas não foram resolvidas.
O ranking dos planos mais reclamados inclui 19 empresas, com um total de 397 reclamações recebidas, das quais 255 não foram atendidas. A Medial Saúde aparece em primeiro lugar nessa lista -87% das 39 queixas não tiveram solução.
Em seguida, está a Avimed Saúde/Aviccena Assistência Médica, com 58% das 55 reclamações não solucionadas. Em terceiro, a Samcil, que deixou 30% das 50 queixas sem solução. Segundo o diretor-executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer, a maioria das reclamações do setor foi motivada por falta de atendimento ou por alguma alteração na rede credenciada, que acabou acarretando problemas.
Tal situação ocorre com freqüência, diz, quando uma empresa compra a carteira de clientes de outra. Esse é o caso, por exemplo, das três primeiras colocadas: a Avimed incorporou a Saúde ABC, a Samcil comprou a SIM, e a Medial Saúde ficou com os clientes da Amesp.
No ranking geral das empresas mais reclamadas, a Telefônica aparece na liderança pela sexta vez, com 95% mais reclamações do que as registradas em 2006, quando também foi campeã de queixas.
De acordo com o levantamento, em 2007 o Procon registrou 4.240 reclamações contra a Telefônica, contra apenas 2.262 em 2006. Antes, a empresa já havia encabeçado a lista nos anos de 1998, 1999, 2000 e 2001. Por outro lado, a Telefônica foi a empresa que mais atendeu as reclamações dos clientes, solucionando 96% das queixas.
A Telefônica atribuiu o crescimento das reclamações à mudança na tarifação das ligações locais do sistema de pulsos para minutos. Além disso, a empresa questiona o critério utilizado para a elaboração do ranking (leia texto nesta página).
Entre as demais empresas da lista, estão outras operadoras de telefonia, além de bancos e concessionárias de serviços públicos.
Na segunda colocação está o Itaú, seguido por BenQ (celulares Siemens), Vivo, Mitsubishi/Aiko/Evadin, Embratel, TIM, Santander, cartão C&A, Motorola, Bradesco, Banco Fininvest, Claro, Citibank S.A., LG Electronics, Sabesp, Caixa Econômica Federal, Unibanco, Samsung e Eletropaulo.
Segundo o Procon, a relação contém apenas queixas fundamentadas. Ou seja, as demandas de consumidores que não foram solucionadas com a primeira intervenção do Procon-SP e acabaram resultando na abertura de um processo administrativo. Logo, das 20 empresas que lideram o ranking, todas têm autuação e respondem a processos na entidade.


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