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MERCADO ABERTO
Trabalhador mais velho perde espaço
O trabalhador das maiores
empresas do país está cada
vez mais jovem, à medida
que diminui o espaço para
quem tem mais de 46 anos. Essa é
uma das revelações da terceira
edição, relativa à 2005, da pesquisa "Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas
do Brasil e suas Ações Afirmativas", do Instituto Ethos em parceria com o Ibope Opinião.
A perda de espaço para profissionais mais velhos constitui um
grave problema social, aponta o
estudo recém-concluído, tendo
em vista o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e as novas regras que elevaram a idade
mínima para aposentadoria.
O estudo aponta uma predominância de trabalhadores com
até 45 anos em todos os níveis de
carreira: quadro executivo
(51,1%), gerência (75%), supervisão, chefia ou coordenação
(75%) e funcional (84,2%).
Tão preocupante é a constatação de que a situação se agravou
em relação às pesquisas anteriores. Em 2001, por exemplo, a presença de funcionários com mais
de 46 anos no quadro executivo
era de 61%; dois anos mais tarde,
esse número caiu para 54,5%; e,
em 2005, ficou abaixo da metade,
com 48,9% do total da amostra.
A mesma tendência se verifica
no nível gerencial. O índice de
trabalhadores com mais de 46
anos caiu de 36,5% em 2003 para
25% no ano passado. Ao mesmo
tempo, o percentual de quem
tem entre 25 anos e 45 anos aumentou de 63,3% para 74%.
A pesquisa revelou também
que, apesar da melhoria em relação a 2003, ainda é baixa a presença de negros nas grandes empresas. No nível executivo, a participação subiu de 1,8% em 2003
para 3,4% em 2005, e, no quadro
funcional, de 23,4% para 26,4%.
Números distantes da fatia de
46% de negros na população economicamente ativa no país.
RESINA EM ALTA
A indústria de resinas plásticas
registrou aumento de 12% na
produção em março em relação
ao mês anterior. No acumulado
do primeiro trimestre ante o
mesmo período de 2005, a produção cresceu 12%. A expansão
foi puxada especialmente pelo
mercado interno, no qual as vendas cresceram 15% nos primeiros três meses deste ano. Já as exportações, por exemplo, subiram apenas 1,8% em março.
MUNDO AFORA
Do casamento das cachaças
Montanheza, de Minas, e Itagibá, da Bahia, nasceu um negócio internacional. Os empresários Jeová Alamy e Emílio Odebrecht, proprietários
das marcas, se uniram e criaram a Jeo Trade, responsável
por vender a bebida. "Em um
ano, esperamos atingir R$ 25
milhões em negócios fechados", diz Alamy. A trajetória
internacional já começou. A
Montanheza, por exemplo, já
vende no México, na França e
na Alemanha. "Já estamos
nas galerias Lafayette."
APOSTA POPULAR
A marca de rum Merino irá investir R$ 1 milhão para patrocinar dois dos maiores eventos do
Nordeste, as festas de São João de
Caruaru (Pernambuco) e de
Campina Grande (Paraíba). A
região responde por dois terços
do mercado de rum do país. Lançada em 2005, a marca é vice-líder na região "PE, AL e PB".
ABERTURA
O novo governador paulista,
Cláudio Lembo, abre na segunda-feira, em São Paulo, a 8ª Semana Jurídica da Faap. O tema
abordado por ele será "Liberdade de expressão no século 21".
CONFRARIA GASTRONÔMICA
Dois dos mais renomados chefs do Rio, Francesco Carli, do Cipriani, do Copacabana Palace, e David Jobert, do hotel Intercontinental, acabam de formar com a marca espanhola de azeites
Borges um clube gastronômico que percorrerá dez capitais do
país a partir de maio. A intenção é formar uma espécie de confraria em que pessoas ligadas à gastronomia, em todo o país, possam trocar experiências. Em cada cidade, um dos chefs dará aulas aos 20 primeiros profissionais que se interessarem -o curso
será gratuito. Ao fim do ano, Carli e Jobert escolherão o cozinheiro mais participativo, que ganhará um estágio de 15 dias no restaurante do chef Ferran Adrià, o El Bulli, na Catalunha, eleito nesta semana o melhor do mundo por uma revista especializada.
INADIMPLÊNCIA
O prazo para que os consumidores da região metropolitana de
SP liqüidem suas contas em atraso continua curto. A Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência
do Consumidor da Fecomercio
SP, que será divulgada na segunda, revela que 68% das prestações devem ser quitadas em até
um ano. Se considerado esse fato
e o comprometimento da renda
com dívidas já adquiridas, o risco de inadimplência cresce.
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