São Paulo, sábado, 15 de abril de 2006

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MERCADO ABERTO

Trabalhador mais velho perde espaço

O trabalhador das maiores empresas do país está cada vez mais jovem, à medida que diminui o espaço para quem tem mais de 46 anos. Essa é uma das revelações da terceira edição, relativa à 2005, da pesquisa "Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas", do Instituto Ethos em parceria com o Ibope Opinião.
A perda de espaço para profissionais mais velhos constitui um grave problema social, aponta o estudo recém-concluído, tendo em vista o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e as novas regras que elevaram a idade mínima para aposentadoria.
O estudo aponta uma predominância de trabalhadores com até 45 anos em todos os níveis de carreira: quadro executivo (51,1%), gerência (75%), supervisão, chefia ou coordenação (75%) e funcional (84,2%).
Tão preocupante é a constatação de que a situação se agravou em relação às pesquisas anteriores. Em 2001, por exemplo, a presença de funcionários com mais de 46 anos no quadro executivo era de 61%; dois anos mais tarde, esse número caiu para 54,5%; e, em 2005, ficou abaixo da metade, com 48,9% do total da amostra.
A mesma tendência se verifica no nível gerencial. O índice de trabalhadores com mais de 46 anos caiu de 36,5% em 2003 para 25% no ano passado. Ao mesmo tempo, o percentual de quem tem entre 25 anos e 45 anos aumentou de 63,3% para 74%.
A pesquisa revelou também que, apesar da melhoria em relação a 2003, ainda é baixa a presença de negros nas grandes empresas. No nível executivo, a participação subiu de 1,8% em 2003 para 3,4% em 2005, e, no quadro funcional, de 23,4% para 26,4%. Números distantes da fatia de 46% de negros na população economicamente ativa no país.

RESINA EM ALTA
A indústria de resinas plásticas registrou aumento de 12% na produção em março em relação ao mês anterior. No acumulado do primeiro trimestre ante o mesmo período de 2005, a produção cresceu 12%. A expansão foi puxada especialmente pelo mercado interno, no qual as vendas cresceram 15% nos primeiros três meses deste ano. Já as exportações, por exemplo, subiram apenas 1,8% em março.

MUNDO AFORA
Do casamento das cachaças Montanheza, de Minas, e Itagibá, da Bahia, nasceu um negócio internacional. Os empresários Jeová Alamy e Emílio Odebrecht, proprietários das marcas, se uniram e criaram a Jeo Trade, responsável por vender a bebida. "Em um ano, esperamos atingir R$ 25 milhões em negócios fechados", diz Alamy. A trajetória internacional já começou. A Montanheza, por exemplo, já vende no México, na França e na Alemanha. "Já estamos nas galerias Lafayette."

APOSTA POPULAR
A marca de rum Merino irá investir R$ 1 milhão para patrocinar dois dos maiores eventos do Nordeste, as festas de São João de Caruaru (Pernambuco) e de Campina Grande (Paraíba). A região responde por dois terços do mercado de rum do país. Lançada em 2005, a marca é vice-líder na região "PE, AL e PB".

ABERTURA
O novo governador paulista, Cláudio Lembo, abre na segunda-feira, em São Paulo, a 8ª Semana Jurídica da Faap. O tema abordado por ele será "Liberdade de expressão no século 21".

CONFRARIA GASTRONÔMICA
Dois dos mais renomados chefs do Rio, Francesco Carli, do Cipriani, do Copacabana Palace, e David Jobert, do hotel Intercontinental, acabam de formar com a marca espanhola de azeites Borges um clube gastronômico que percorrerá dez capitais do país a partir de maio. A intenção é formar uma espécie de confraria em que pessoas ligadas à gastronomia, em todo o país, possam trocar experiências. Em cada cidade, um dos chefs dará aulas aos 20 primeiros profissionais que se interessarem -o curso será gratuito. Ao fim do ano, Carli e Jobert escolherão o cozinheiro mais participativo, que ganhará um estágio de 15 dias no restaurante do chef Ferran Adrià, o El Bulli, na Catalunha, eleito nesta semana o melhor do mundo por uma revista especializada.

INADIMPLÊNCIA
O prazo para que os consumidores da região metropolitana de SP liqüidem suas contas em atraso continua curto. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Fecomercio SP, que será divulgada na segunda, revela que 68% das prestações devem ser quitadas em até um ano. Se considerado esse fato e o comprometimento da renda com dívidas já adquiridas, o risco de inadimplência cresce.



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