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Governo acerta 2 consórcios para Belo Monte
Construtoras OAS, Serveng e Queiroz Galvão deverão integrar o segundo grupo a disputar o leilão, segundo apurou a Folha
Petros, CSN e subsidiárias da
Eletrobras também fazem
parte do grupo; primeiro
consórcio terá, entre outras,
Andrade Gutierrez e Vale
LEILA COIMBRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo fechou ontem
com investidores dois consórcios que irão disputar a hidrelétrica de Belo Monte (PA). "Temos dois grupos fortes, que irão
disputar a concessão em pé de
igualdade. Todos com grandes
construtoras, autoprodutores e
fundos de pensão", disse o diretor de engenharia da Eletrobras, Valter Cardeal. Ele não
quis informar quais grupos vão
compor os consórcios.
A Folha apurou, no entanto,
que o segundo grupo terá as
construtoras OAS, Serveng e
Queiroz Galvão, entre outras, a
Contern, subsidiária da Bertin
para infraestrutura, a CSN, o
fundo de pensão Petros e duas
subsidiárias da Eletrobras.
O primeiro consórcio, já formalizado, contará com Andrade Gutierrez, Vale, Neoenergia,
Votorantim e mais duas empresas do grupo Eletrobras.
Demonstraram interesse em
entrar posteriormente no consórcio três grandes grupos industriais, cujo foco é a produção de energia para consumo
próprio: Braskem, Gerdau e Alcoa. A empresa de energia Suez
também pode entrar posteriormente como sócia estratégica
em algum grupo.
Segundo Cardeal, os nomes
não podem ser divulgados por
conta da liminar expedida ontem pela Justiça Federal do Pará que suspendeu o leilão, marcado para o dia 20 (leia texto
abaixo). "Não podemos fazer
nada senão a Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica )
irá pagar multa", disse.
A AGU (Advocacia-Geral da
União) disse que irá recorrer
da decisão para tentar realizar
o leilão na data prevista. Enquanto vigorar a liminar, porém, as inscrições dos dois grupos e o depósito das garantias,
no valor de R$ 190 milhões (1%
do valor global do investimento), previstos para amanhã, não
poderão ser feitos.
O governo tentou viabilizar
três consórcios para a disputa.
Havia um número de empresas
suficiente, mas não com a capacidade financeira necessária. O
edital exige que o somatório
das empresas do consórcio
possua patrimônio líquido de
pelo menos R$ 1,9 bilhão.
Do lado dos fundos de pensão, o Petros, ligado aos funcionários da Petrobras, irá fazer
parte do segundo grupo. No
primeiro consórcio, liderado
pela Andrade, fará parte a Previ, por meio de suas controladas Neoenergia e Vale.
Um terceiro fundo de pensão
deverá participar do projeto,
mas só após o leilão: o Funcef,
dos funcionários da Caixa Econômica Federal.
No Rio, o presidente do
BNDES, Luciano Coutinho,
disse que pretende anunciar
hoje as condições de financiamento de Belo Monte. Ele disse
que elas serão mais atraentes
do que as oferecidas para as
usinas de Santo Antonio e Jirau, em razão da complexidade
e dos riscos.O valor liberado será de até R$ 13 bilhões.
Colaborou a Sucursal do Rio
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