|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Argentina tenta resolver disputa com a China
DE BUENOS AIRES
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner,
acirrou a disputa com a
China ao atender a pressões da indústria de seu
país e decretar medidas
antidumping contra produtos asiáticos, como calçados, no mês passado.
Agora, Cristina busca
uma maneira de encerrar
o impasse, sem criar um
impacto negativo num setor muito mais amplo da
economia argentina -a
cadeia produtiva da soja,
que a China escolheu como alvo de sua retaliação.
A controvérsia foi tema
de diálogo entre os presidentes dos dois países, anteontem, em Washington,
durante a Cúpula de Segurança Nuclear.
Depois da conversa com
Hu Jintao, Cristina afirmou acreditar que o assunto "finalmente vai ser
solucionado, dada a importância que ambos
[mandatários] atribuem à
relação estratégica entre
Argentina e China".
A China barrou suas importações de óleo de soja
procedentes da Argentina,
sob a alegação de que recentes embarques do produto registraram índice de
resíduos do solvente hexano acima dos níveis recomendados, ocasionando
risco à saúde.
Se decidisse prolongar a
medida, uma alternativa
do governo chinês para suprir seu mercado interno
seria aumentar as importações originárias do Brasil e dos Estados Unidos.
A Argentina responde
por 77% das importações
chinesas de óleo de soja
-1,84 milhão de toneladas
em 2009, de acordo com o
jornal "Ámbito Financiero". Segundo o diário argentino, houve acordo entre Cristina e Jintao para
que a situação se regularize em dois meses.
Quando os asiáticos suspenderam a importação
de óleo de soja, o chanceler
argentino, Jorge Taiana,
convocou o embaixador da
China na Argentina, Gang
Zeng, para ouvir uma reclamação oficial.
A diplomacia argentina,
no entanto, admitiu que
havia recebido alertas da
insatisfação chinesa com a
qualidade do óleo de soja.
Texto Anterior: Amorim: Comércio do Brasil com Brics vai subir 20% Próximo Texto: Emergentes querem peso maior no FMI Índice
|