São Paulo, quinta, 15 de maio de 1997.



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TELECOMUNICAÇÕES
Tucano e petista se desentendem em comissão da Câmara; projeto deve ser votado na terça-feira
Denúncia contra Motta adia votação da LGT

da Sucursal de Brasília

Os deputados Milton Temer (PT-RJ) e Domingos Leonelli (PSDB-BA) discutiram e quase partiram para a agressão física ontem, durante a discussão da Lei Geral das Telecomunicações (LGT) em comissão da Câmara.
Temer tentou suspender a sessão, alegando que ficariam sob suspeita os deputados que votassem a favor do relatório final da LGT. "É preciso que fique esclarecido o envolvimento de Sérgio Motta (ministro das Comunicações) na compra de votos antes da votação dessa lei", argumentou.
O deputado se referia às denúncias publicadas ontem pela Folha sobre o suposto envolvimento de Motta na compra de votos a favor da reeleição. Leonelli não gostou das observações de Temer e o clima esquentou.
O presidente da comissão, Paulo Bornhausen (PFL-SC), acabou suspendendo os trabalhos para que os deputados fossem à sessão diária no plenário.
Às 19h, a comissão retornou a discussão, encerrada mais tarde a pedido do líder do governo na Câmara, Benito Gama (PFL-BA). A votação foi adiada para a próxima terça-feira.
Gama disse que o governo queria verificar as alterações feitas pelo relator, Alberto Goldman (PMDB-SP), entre as duas sessões.
A base governista da comissão fechou acordo com Gama em torno do capital estrangeiro. Antes, conforme o relatório, o presidente poderia impor qualquer limite a esse capital. O PFL quer que o limite mínimo seja de 49%. "É uma garantia para o investidor", afirmou José Carlos Aleluia (PFL-BA).



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