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CONJUNTURA
Foi o primeiro mês com variação positiva desde outubro de 2001
Páscoa faz comércio crescer em março
DA SUCURSAL DO RIO
A antecipação da Semana Santa
redimiu o comércio varejista do
país, que registrou variação positiva de 0,28% em março, na comparação com o mesmo mês de
2001. O resultado, medido pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi o primeiro
positivo desde outubro de 2001,
quando o índice variou 1,59%.
Em São Paulo, a taxa medida
pela Pesquisa Mensal do Comércio ficou 0,22% positiva em março, resultado que interrompeu a
trajetória negativa no trimestre.
Em janeiro, também na comparação com o mesmo mês de 2001, o
comércio paulista registrou queda de 2,84% (leia quadro).
Assim como no resultado nacional, o desempenho do comércio varejista em São Paulo foi influenciado pelos itens supermercados, hipermercados, produtos
alimentícios e fumos, cuja variação positiva foi de 7,47% em março, a maior entre os Estados do
Sudeste.
O economista Nilo Lopes de
Macedo, do Departamento de
Comércio e Serviços do IBGE,
afirmou que março foi favorecido
principalmente pela variação positiva de 3,53% do setor supermercadista, cujo resultado é contabilizado junto com bebidas, fumos e produtos alimentícios.
"Os supermercados certamente
respondem por mais de 20% dos
resultados de todo o segmento varejista, que, no entanto, também é
influenciado pelo desempenho da
indústria, que ainda tem efeito
multiplicador sobre a economia.
A indústria gera emprego e renda", disse o economista do IBGE.
Macedo ressalvou que, apesar
de positivo, o desempenho de
março pode ser interpretado como um fenômeno sazonal, motivado basicamente pelas vendas da
Semana Santa.
O resultado minimizou o desempenho do comércio varejista
no primeiro trimestre deste ano,
mas não impediu que o índice do
IBGE encerrasse o período em
queda de 0,77% em relação ao primeiro trimestre de 2001.
O valor nominal das vendas em
março foi 6,24% maior do que o
de março de 2001. Com isso, a variação acumulada do primeiro trimestre chegou a 5,1%.
Para o próximo resultado (abril
e maio), o economista acredita
que o comércio varejista será beneficiado pelas vendas do Dia das
Mães, da Copa do Mundo e pela
campanha eleitoral.
"A Copa do Mundo, cujo impacto deverá ser sentido nos meses de abril e maio, pode favorecer
as vendas de eletrodomésticos. As
eleições, por sua vez, sempre favorecem o comércio informal", prevê Nilo Lopes de Macedo.
(RICARDO REGO MONTEIRO)
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