São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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PANORÂMICA

FRAUDE

Inquérito do Noroeste acaba em 60 dias
A história da maior fraude do sistema financeiro nacional -o desfalque de US$ 242 milhões do banco Noroeste, comprado em 1997 pelo Santander- pode estar chegando ao fim. "Já se sabe o que aconteceu e quem são os envolvidos. Agora, é preciso que essas pessoas sejam denunciadas pelo Ministério Público para que o dinheiro possa ser recuperado", diz o advogado Otto Steiner, ex-diretor do Noroeste que assessora os antigos controladores do banco.
A denúncia do MP será possível após a conclusão do inquérito pela PF, que deverá ocorrer em 60 dias. Ela permitirá aos antigos controladores -as famílias Simonsen e Cochrane- repatriarem o dinheiro desviado do banco para 150 contas no exterior.
O desfalque foi descoberto durante a venda do banco e os controladores tiveram que reduzir pela metade o valor do negócio. Nos últimos dois anos, escritórios internacionais de advocacia conseguiram rastrear US$ 190 milhões dos US$ 242 milhões desviados da agência do Noroeste em Cayman, um paraíso fiscal do Caribe.
O principal suspeito da fraude, o ex-diretor da área internacional do Noroeste Nelson Sakagushi foi indiciado no inquérito em andamento na Polícia Federal.
Mas, segundo o advogado Aloísio Lacerda Medeiros, que representa os antigos controladoras do Noroeste na área criminal, ele teria contado com a participação de funcionários da agência Cayman.
(DA REPORTAGEM LOCAL)


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