São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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Estatal petrolífera venezuelana abre 20 postos no Norte do Brasil

RICARDO REGO MONTEIRO
DA SUCURSAL DO RIO

A gigante venezuelana de petróleo PDVSA (Petróleos de Venezuela S.A), que esteve no centro da malsucedida tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez (Venezuela), vai começar a operar, a partir de julho, 20 postos na região Norte do Brasil.
Em cinco anos, o objetivo da companhia é deter o controle de 5% do mercado brasileiro de lubrificantes, hoje responsável por 33% das vendas na América Latina. Para isso, deverá anunciar nas próximas semanas a compra de uma fábrica de lubrificantes no Estado do Rio.
Para viabilizar a aquisição de seus primeiros postos de gasolina no Brasil, a companhia assinou, em Manaus, um contrato de compra de parte da rede da brasileira Equatorial Petróleo, companhia regional que detém 150 postos no Amazonas, Acre e Rondônia.
Os valores do negócio não foram revelados pelas empresas. A PDVSA está no Brasil desde 2000, quando abriu um escritório no Rio de Janeiro.
A PDVSA foi considerada pela publicação especializada "Petroleum International Weekly" a maior companhia do setor em 2001, segundo critérios como reservas totais, capacidade de refino e produção bruta de óleo.
Nos Estados Unidos, maior mercado consumidor do mundo, a empresa está presente por meio da Citgo, subsidiária de distribuição que detém cerca de 15 mil postos em todo o território americano. O negócio no Brasil foi fechado por meio da Cila (Citgo Latin America), subsidiária constituída no Brasil em dezembro do ano passado.
O gerente de lubrificantes da Cila, Juan Carlos Neto, disse que, apesar de priorizar os mercados do Norte e Nordeste para venda de combustíveis, a companhia começará a distribuir os lubrificantes da marca PDV no Sudeste no início do segundo semestre.
"Os lubrificantes serão produzidos no Brasil com tecnologia da PDVSA. Serão elaborados a partir de óleo da Petrobras, em uma fábrica de lubrificantes que deveremos adquirir no Rio. Atualmente, estamos conversando com diversas empresas para adquirir essa fábrica", disse o executivo da Cila.



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