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Estatal petrolífera venezuelana abre 20 postos no Norte do Brasil
RICARDO REGO MONTEIRO
DA SUCURSAL DO RIO
A gigante venezuelana de petróleo PDVSA (Petróleos de Venezuela S.A), que esteve no centro da malsucedida tentativa de golpe
contra o presidente Hugo Chávez
(Venezuela), vai começar a operar, a partir de julho, 20 postos na
região Norte do Brasil.
Em cinco anos, o objetivo da
companhia é deter o controle de
5% do mercado brasileiro de lubrificantes, hoje responsável por
33% das vendas na América Latina. Para isso, deverá anunciar nas
próximas semanas a compra de
uma fábrica de lubrificantes no
Estado do Rio.
Para viabilizar a aquisição de
seus primeiros postos de gasolina
no Brasil, a companhia assinou,
em Manaus, um contrato de compra de parte da rede da brasileira
Equatorial Petróleo, companhia
regional que detém 150 postos no
Amazonas, Acre e Rondônia.
Os valores do negócio não foram revelados pelas empresas. A
PDVSA está no Brasil desde 2000,
quando abriu um escritório no
Rio de Janeiro.
A PDVSA foi considerada pela
publicação especializada "Petroleum International Weekly" a
maior companhia do setor em
2001, segundo critérios como reservas totais, capacidade de refino
e produção bruta de óleo.
Nos Estados Unidos, maior
mercado consumidor do mundo,
a empresa está presente por meio
da Citgo, subsidiária de distribuição que detém cerca de 15 mil
postos em todo o território americano. O negócio no Brasil foi fechado por meio da Cila (Citgo Latin America), subsidiária constituída no Brasil em dezembro do
ano passado.
O gerente de lubrificantes da Cila, Juan Carlos Neto, disse que,
apesar de priorizar os mercados
do Norte e Nordeste para venda
de combustíveis, a companhia começará a distribuir os lubrificantes da marca PDV no Sudeste no
início do segundo semestre.
"Os lubrificantes serão produzidos no Brasil com tecnologia da
PDVSA. Serão elaborados a partir
de óleo da Petrobras, em uma fábrica de lubrificantes que deveremos adquirir no Rio. Atualmente, estamos conversando com diversas empresas para adquirir essa
fábrica", disse o executivo da Cila.
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