São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Alta de 1,2% é a maior desde outubro

Vendas nos EUA crescem o dobro do previsto em abril

DA REDAÇÃO

O movimento no varejo norte-americano registrou um surpreendente crescimento em abril, puxado pelas vendas de materiais de construção, equipamentos de jardinagem e carros.
De acordo com o Departamento de Comércio, as vendas aumentaram 1,2% -o dobro do previsto pelos analistas de Wall Street- e totalizaram US$ 300,27 bilhões. Trata-se do maior índice registrado desde outubro do ano passado, quando houve uma expansão recorde de 6,2%.
As concessionárias de veículos venderam 1,9% mais em abril. Carros estão entre os itens que mais pesam no cálculo do indicador, mas, segundo o Departamento de Comércio, mesmo excluindo-se essa categoria, haveria um ganho de 1% no movimento do comércio.
"O consumidor norte-americano continua a surpreender", disse Larry Rhame, economista do banco Brown Brothers Harriman.
Os gastos dos norte-americanos geram dois terços do total do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Por isso, o nível de vendas no varejo é um dos indicadores mais observados pelos analistas.
A manutenção do apetite por novos produtos deve estimular a indústria dos EUA, que ainda trabalha em ritmo lento. Mas a balança comercial sai prejudicada, porque também crescem as compras de produtos importados.
Com o aumento na taxa de desemprego, que atingiu 6% no último mês, esperava-se que os norte-americanos fechassem as carteiras. Mas, até o momento, os gastos se mantêm elevados. Em fevereiro as vendas cresceram 0,5% e, em março, 0,1%.
Em abril, as vendas de materiais de construção e equipamentos de jardinagem subiram 2,7%, o quarto mês consecutivo de alta. "Você olha para os números e é surpreendente como eles têm se mantido elevados", afirmou Frank Badillo, analista sênior da consultoria Retail Forward.
Mas alguns economistas preferiram relativizar os números, que seriam muito voláteis e sujeitos a efeitos sazonais. "Não dá para tirar conclusões definitivas dos bons números de abril", disse Bill Cheney, economista-chefe da John Hancock Financial Services.
O Wal-Mart, maior varejista do planeta, divulgou ontem balanço mostrando um aumento de 20% nos lucros no primeiro trimestre.


Com agências internacionais


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