São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Dólar tem baixa de 0,48%, mas se mantém acima dos R$ 2,50; risco-país cai 2,36% e C-Bond sobe 1,1%

Mau humor diminui; Bolsa sobe e dólar cai

DA REPORTAGEM LOCAL

Após o mau humor da segunda-feira, o mercado teve um dia tranquilo ontem, com a melhora de todos os indicadores financeiros. A Bovespa subiu 1,68%, para 12.204 pontos. O volume negociado ficou em R$ 615,375 milhões.
O dólar encerrou o dia em queda de 0,48%, cotado a R$ 2,509.
Os C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, subiram 1,1%. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, caiu 2,36%, para 950 pontos. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de juros para janeiro, os mais negociados, fecharam ontem projetando taxa de 19,13%, ante 19,26%. A queda é amparada pelos indicadores que mostram que a inflação está sob controle.
A pequena recuperação obedeceu a ajustes de mercado. Nos últimos dias, os indicadores têm se deteriorado bastante e atingiram preços considerados atrativos pelos investidores.
O mercado continuou a especular em torno de resultados de pesquisas de intenção de voto. Se anteontem causou nervosismo a perspectiva de que o pré-candidato José Serra (PSDB) poderia ter um mau desempenho nas pesquisas, ontem os boatos indicavam que ele se manteria nos mesmo níveis de sondagens anteriores.
Também serviu para acalmar os investidores as sinalizações de que o PFL poderá voltar a cooperar com o governo na votação da CPMF. Além dos cortes no Orçamento, anunciados pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, para compensar a perda de arrecadação com o atraso na aprovação da CPMF.
Contribuiu para acalmar o dólar o leilão de "swap" cambial "solteiro" -sem obrigar o investidor a comprar, de forma casada, os títulos pós-fixados (LFTs)- realizado ontem pelo Banco Central. A demanda para o contrato com vencimento em 2003 superou em muito a oferta. Mas para os contratos com vencimento em 2005 a demanda foi baixa e não foi vendido o lote integral.
Na Bovespa, as maiores quedas do dia foram, mais uma vez, das ações da Embratel. O papel ordinário se desvalorizou 7,8% e o preferencial, 7,4%. Mais uma vez o mau desempenho foi atribuído aos problemas financeiros enfrentados por sua controladora, WorldCom. A ação desta companhia norte-americana deixou de fazer parte do índice S&P 500 ontem. (ANA PAULA RAGAZZI)


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