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MERCADO FINANCEIRO
Dólar tem baixa de 0,48%, mas se mantém acima dos R$ 2,50; risco-país cai 2,36% e C-Bond sobe 1,1%
Mau humor diminui; Bolsa sobe e dólar cai
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o mau humor da segunda-feira, o mercado teve um dia
tranquilo ontem, com a melhora
de todos os indicadores financeiros. A Bovespa subiu 1,68%, para
12.204 pontos. O volume negociado ficou em R$ 615,375 milhões.
O dólar encerrou o dia em queda de 0,48%, cotado a R$ 2,509.
Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, subiram 1,1%.
O risco-país, medido pelo banco
JP Morgan, caiu 2,36%, para 950
pontos. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos
de juros para janeiro, os mais negociados, fecharam ontem projetando taxa de 19,13%, ante
19,26%. A queda é amparada pelos indicadores que mostram que
a inflação está sob controle.
A pequena recuperação obedeceu a ajustes de mercado. Nos últimos dias, os indicadores têm se
deteriorado bastante e atingiram
preços considerados atrativos pelos investidores.
O mercado continuou a especular em torno de resultados de pesquisas de intenção de voto. Se anteontem causou nervosismo a
perspectiva de que o pré-candidato José Serra (PSDB) poderia ter
um mau desempenho nas pesquisas, ontem os boatos indicavam
que ele se manteria nos mesmo
níveis de sondagens anteriores.
Também serviu para acalmar os
investidores as sinalizações de
que o PFL poderá voltar a cooperar com o governo na votação da
CPMF. Além dos cortes no Orçamento, anunciados pelo ministro
da Fazenda, Pedro Malan, para
compensar a perda de arrecadação com o atraso na aprovação da
CPMF.
Contribuiu para acalmar o dólar o leilão de "swap" cambial
"solteiro" -sem obrigar o investidor a comprar, de forma casada,
os títulos pós-fixados (LFTs)-
realizado ontem pelo Banco Central. A demanda para o contrato
com vencimento em 2003 superou em muito a oferta. Mas para
os contratos com vencimento em
2005 a demanda foi baixa e não foi
vendido o lote integral.
Na Bovespa, as maiores quedas
do dia foram, mais uma vez, das
ações da Embratel. O papel ordinário se desvalorizou 7,8% e o
preferencial, 7,4%. Mais uma vez
o mau desempenho foi atribuído
aos problemas financeiros enfrentados por sua controladora,
WorldCom. A ação desta companhia norte-americana deixou de
fazer parte do índice S&P 500 ontem.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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