São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Volume maior...
As exportações de café ficaram um pouco acima das previsões iniciais do setor em abril. Segundo o Cecafé, as vendas externas de abril somaram 1,94 milhão de sacas, mesmo volume de abril de 2001. No quadrimestre, as exportações somam 7,2 milhões de sacas, com alta de 13,8% em relação ao mesmo período de 2001.

...receitas menores
Os preços internacionais, no entanto, continuam desfavoráveis. Apesar do aumento do volume exportado, as receitas do mês passado ficaram 30,8% inferiores às do mesmo período de 2001, somando US$ 95 milhões. No quadrimestre, as receitas somam US$ 353 milhões, com queda de 25% em relação às de 2001.

Vai ser bom
Guilherme Braga, do Cecafé, diz que "as perspectivas para este ano são promissoras". Se for mantido esse ritmo nas vendas externas, o Brasil deverá bater o recorde de exportações do ano passado, quando foram enviadas ao exterior 23,5 milhões de sacas de café.

Em busca de carne
Pelo menos 30 países participarão da Feicorte de junho, que será realizada em São Paulo. Os árabes (22 países) estarão representados em um só estande. Outros sete países ainda tentam viabilizar a participação na exposição

Mercado apertado
A demanda mundial de óleo de soja é forte, e os Estados Unidos serão o alvo desses importadores nas próximas semanas. A América do Sul já não consegue mais suprir essa necessidade, segundo a publicação "Oil World", de Hamburgo.

Manter competitividade
O grupo de seis empresas, entre elas uma unidade da gigante Smithfield Foods Inc., todas produtoras de frangos e de suínos, que na semana passada importou 180 mil toneladas de farelo de soja do Brasil, disse ontem que deseja importar 50% da ração utilizada.

Redução de custos
"Temos de ser competitivos", disse um representante do grupo ao justificar as importações do Brasil, apesar de os Estados Unidos serem o maior produtor mundial de farelo de soja. Brasil e Argentina, que têm custos menores de produção, serão beneficiados.

Já por aqui...
Assim como os norte-americanos, os produtores de frangos e de suínos brasileiros vivem momentos difíceis devido aos custos. Os produtores de frango, que conseguem apenas R$ 0,85 por quilo nas vendas, têm gastos de R$ 0,95 a R$ 1,00 na produção. No caso do suíno, apesar de o custo ser de R$ 1,52 a R$ 1,58 por quilo, os produtores recebem apenas R$ 1,23.

Mercado fraco
Paula Santana, analista da FNP Consultoria & Comércio, diz que os preços do frango estão baixos, mas podem cair ainda mais. O varejo está abastecido devido às vendas fracas no Dia das Mães e limita as compras dos produtores, que estão com excedente.

Nova queda
Após terminar a semana passada em R$ 0,95, o preço do frango vivo recuou para R$ 0,90 na segunda-feira e para R$ 0,85 ontem.

e-mail: mzafalon@folhasp.com.br



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