|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dilma defende incluir "obras antigas" no PAC
DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
A ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil) defendeu ontem,
durante a abertura do Fórum
Nacional, a inclusão de obras
antigas no PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento). "Obras pseudovelhas são
aquelas que não nasceram",
afirmou a ministra.
Em sua fala, a gerente do
PAC citou a Ferrovia Norte-Sul, com dois trechos incluídos no programa, para reforçar seu argumento em defesa
da conclusão desse tipo de
obra.
Segundo ela, o governo Lula vai executar 785 km da ferrovia, que foi projetada para
ter 1.550 km. Enquanto isso,
diz, no governo José Sarney,
autor do projeto, foram
construídos 100 km. No de
Fernando Henrique Cardoso, 115 km.
"Retomamos essa obra
porque ela é essencial para a
fronteira agrícola, para escoar a safra produzida no
Centro-Oeste", disse Dilma.
Mais uma vez a ministra
insistiu em rebater as críticas de que o PAC seria uma
peça de marketing. "Se fosse,
eu colocava verde, de "adequado", para todas as obras",
numa referência à classificação feita pelo governo para
avaliar o andamento das
1.646 ações.
Divulgado na semana passada, o balanço do governo
apontou que pouco mais da
metade (52,5%) do PAC está
com andamento considerado "adequado". Já 39,1% receberam o carimbo amarelo,
de "atenção", por correrem
risco potencial de atraso. E
8,4% das obras foram classificadas como preocupantes,
por causa do risco de não serem executadas.
A chefe da Casa Civil também voltou a dizer que os críticos do programa precisam
compreender que o país não
estava acostumado a fazer
investimentos. "O governo
não estava preparado para
gestão e planejamento, havia
uma prática sistemática do
atraso nos gastos", disse a
ministra.
Ao final do evento, Dilma
voltou a dar demonstrações
de que não deseja atritos públicos com a ministra Marina
Silva (Meio Ambiente). Ela
disse que o governo tem procurado um entendimento
entre as áreas do desenvolvimento e ambiental.
Texto Anterior: Lula diz que o país não terá falta de energia até 2015 Próximo Texto: Siderurgia puxa expansão de desembolsos do BNDES Índice
|