São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

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Dilma defende incluir "obras antigas" no PAC

DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) defendeu ontem, durante a abertura do Fórum Nacional, a inclusão de obras antigas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Obras pseudovelhas são aquelas que não nasceram", afirmou a ministra.
Em sua fala, a gerente do PAC citou a Ferrovia Norte-Sul, com dois trechos incluídos no programa, para reforçar seu argumento em defesa da conclusão desse tipo de obra.
Segundo ela, o governo Lula vai executar 785 km da ferrovia, que foi projetada para ter 1.550 km. Enquanto isso, diz, no governo José Sarney, autor do projeto, foram construídos 100 km. No de Fernando Henrique Cardoso, 115 km.
"Retomamos essa obra porque ela é essencial para a fronteira agrícola, para escoar a safra produzida no Centro-Oeste", disse Dilma.
Mais uma vez a ministra insistiu em rebater as críticas de que o PAC seria uma peça de marketing. "Se fosse, eu colocava verde, de "adequado", para todas as obras", numa referência à classificação feita pelo governo para avaliar o andamento das 1.646 ações.
Divulgado na semana passada, o balanço do governo apontou que pouco mais da metade (52,5%) do PAC está com andamento considerado "adequado". Já 39,1% receberam o carimbo amarelo, de "atenção", por correrem risco potencial de atraso. E 8,4% das obras foram classificadas como preocupantes, por causa do risco de não serem executadas.
A chefe da Casa Civil também voltou a dizer que os críticos do programa precisam compreender que o país não estava acostumado a fazer investimentos. "O governo não estava preparado para gestão e planejamento, havia uma prática sistemática do atraso nos gastos", disse a ministra.
Ao final do evento, Dilma voltou a dar demonstrações de que não deseja atritos públicos com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente). Ela disse que o governo tem procurado um entendimento entre as áreas do desenvolvimento e ambiental.


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