São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

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Lula diz que o país não terá falta de energia até 2015

Para que não falte depois, presidente diz que suprimento virá com obras do PAC

Durante inaugurações de fábricas no interior de São Paulo, Lula diz que usinas hidrelétricas nos rios Madeira e Xingu "vão sair"


SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUNDIAÍ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o risco de racionamento de energia está afastado até 2011 e que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é que vai assegurar a disponibilidade de energia daí para a frente.
"O que posso dizer para vocês é que, com toda garantia, até 2011, 2012 não faltará energia. Para que não falte depois, precisamos fazer o que estamos fazendo no PAC. A garantia do PAC é a garantia de que não vamos ter falta de energia em 2010, 2012, 2015", disse Lula em entrevista ontem, durante a inauguração da expansão da fábrica de transformadores da Siemens, em Jundiaí (SP).
Em seu discurso, Lula disse que as usinas hidrelétricas previstas no PAC, entre elas as de Jirau e de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), e Belo Monte, no rio Xingu (PA), "vão sair".
"Posso garantir que essas obras precisam sair porque o Brasil precisa delas. Elas vão sair com a responsabilidade de um país que quer crescer economicamente, mas quer cuidar deste país ambientalmente também", disse o presidente.
As três usinas, que ainda não obtiveram licença ambiental, são as principais obras do PAC para o setor elétrico.
Ontem, o presidente disse também que até o final de seu governo, em 2010, serão construídos 8.819 km de linhas de transmissão para afastar o risco de racionamento.
"Precisamos aprender com os erros que cometemos. Naquela época [do apagão], tínhamos excesso de água no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e falta de água no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e não tínhamos linha de transmissão", disse Lula.
O diretor-presidente da Siemens para o Mercosul, Adilson Primo, disse em seu discurso que concessão das licenças ambientais não podem ser um "entrave" para o investimento.
"Ao mesmo tempo em que temos de garantir o compromisso com o ambiente, é preciso assegurar que a emissão das licenças ambientais não represente um entrave para a realização de novos investimentos."
Na expansão da fábrica inaugurada ontem, a Siemens investiu R$ 200 milhões.


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