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Lula diz que o país não terá falta de energia até 2015
Para que não falte depois, presidente diz que suprimento virá com obras do PAC
Durante inaugurações de fábricas no interior de São Paulo, Lula diz que usinas hidrelétricas nos rios Madeira e Xingu "vão sair"
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUNDIAÍ
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o
risco de racionamento de energia está afastado até 2011 e que
o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é que vai
assegurar a disponibilidade de
energia daí para a frente.
"O que posso dizer para vocês
é que, com toda garantia, até
2011, 2012 não faltará energia.
Para que não falte depois, precisamos fazer o que estamos fazendo no PAC. A garantia do
PAC é a garantia de que não vamos ter falta de energia em
2010, 2012, 2015", disse Lula
em entrevista ontem, durante a
inauguração da expansão da fábrica de transformadores da
Siemens, em Jundiaí (SP).
Em seu discurso, Lula disse
que as usinas hidrelétricas previstas no PAC, entre elas as de
Jirau e de Santo Antônio, no rio
Madeira (RO), e Belo Monte,
no rio Xingu (PA), "vão sair".
"Posso garantir que essas
obras precisam sair porque o
Brasil precisa delas. Elas vão
sair com a responsabilidade de
um país que quer crescer economicamente, mas quer cuidar
deste país ambientalmente
também", disse o presidente.
As três usinas, que ainda não
obtiveram licença ambiental,
são as principais obras do PAC
para o setor elétrico.
Ontem, o presidente disse
também que até o final de seu
governo, em 2010, serão construídos 8.819 km de linhas de
transmissão para afastar o risco
de racionamento.
"Precisamos aprender com
os erros que cometemos. Naquela época [do apagão], tínhamos excesso de água no Rio
Grande do Sul e em Santa Catarina e falta de água no Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e não tínhamos linha de
transmissão", disse Lula.
O diretor-presidente da Siemens para o Mercosul, Adilson
Primo, disse em seu discurso
que concessão das licenças ambientais não podem ser um
"entrave" para o investimento.
"Ao mesmo tempo em que
temos de garantir o compromisso com o ambiente, é preciso assegurar que a emissão das
licenças ambientais não represente um entrave para a realização de novos investimentos."
Na expansão da fábrica inaugurada ontem, a Siemens investiu R$ 200 milhões.
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