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BC atua menos, e dólar fica perto do piso de R$ 2
Moeda está no menor valor desde fevereiro de 2001
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar comercial voltou ontem ao piso de R$ 2,009, em um
dia marcado por poucos negócios e pela relativa ausência do
Banco Central em suas intervenções no mercado. No encerramento, a moeda terminou
com baixa de 0,49%, a apenas
0,5% de tocar em R$ 1,999, fato
que pode acontecer hoje.
Cotada a R$ 2,009, a moeda
está em seu menor valor desde
19 de fevereiro de 2001, quando
ainda era negociada a R$ 2,004.
Até a greve dos funcionários foi
citada como motivo da ausência do BC ontem no câmbio.
Após comprar mais de US$ 5
bilhões na semana passada, o
BC só apareceu com propostas
de compra no final da tarde.
Aceitou pouquíssimas ofertas,
que tiveram efeito inócuo.
O dólar a R$ 2,00 encontra
um ponto de resistência.
"Quando rompê-lo, pode ir para R$ 1,95, mas depois volta a
subir até estabilizar", disse
Johnny Kneese, diretor de operações da corretora Levycam. A
discussão agora é quando o BC
vai deixar a moeda romper o
patamar de R$ 2 e qual o novo
piso da moeda. "Se [o BC] deixar, cai. Com a greve não tinha
quase ninguém trabalhando, só
a chefia. Se a Bolsa estivesse em
alta, ficaria ainda mais difícil
segurar o dólar", disse José Roberto Carreira, analista da corretora Novação.
A Bolsa recuou ontem 0,77%
e terminou o dia com o Ibovespa marcando 50.510 pontos, no
embalo da baixa dos mercados
internacionais, que aguardam a
divulgação hoje do CPI (Índice
de Preços ao Consumidor) nos
EUA. O assunto mais comentado foi o balanço da Petrobras,
que decepcionou. Mesmo assim, as ações PN recuperaram
as perdas e subiram 0,27% no
final do dia com a expectativa
de aumento no consumo. Os
papéis ON recuaram 0,80%.
O mercado financeiro reduziu, pela quinta vez, sua projeção para o IPCA, índice oficial
da inflação. Na pesquisa Focus,
os analistas apontavam para
um IPCA de 3,62% em 2007
-na semana anterior, a previsão era de 3,64%. Para o IGP-DI, a expectativa é alta de 0,16%
em maio, abaixo da projeção
anterior, de 0,20%. Analistas
também esperam uma queda
maior na taxa Selic. A expectativa para o final do ano passou
de 11,25% para 11% nos juros
básicos da economia.
Na BM&F, os juros do DI terminaram praticamente estáveis em relação a sexta.
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