|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMÉRCIO
Vendas perdem ritmo em março, e trimestre chega a piso histórico
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
O crescimento do varejo brasileiro se desacelerou para
0,3% em março em relação a fevereiro, depois de registrar taxas acima de 1% nos dois primeiros meses do ano. O resultado foi impactado especialmente pela estabilidade das
vendas de super e hipermercados, que no mês anterior tinham dado a principal contribuição para o aumento.
Em relação a março de 2008,
a expansão das vendas do varejo foi de apenas 1,8% -a mais
baixa neste tipo de comparação
desde novembro de 2003. O desempenho foi prejudicado pelo
chamado "efeito-calendário": a
base de comparação estava alta
por causa da Páscoa, que em
2008 foi festejada em março e,
neste ano, em abril.
Para a consultoria Rosenberg
e Associados, o desempenho
mais fraco do setor está ligado à
situação "cada vez menos amigável" do mercado de trabalho.
A empresa avalia que o crescimento do comércio varejista
neste ano será sustentado pelas
vendas de itens não duráveis e
vê espaço para piora se a massa
salarial cair mais.
Já a Gouvêa de Souza afirma
que o impacto da crise tem sido
menor que o esperado. A consultoria destacou que o crescimento de 3,8% no primeiro trimestre do ano foi muito superior ao verificado na indústria,
que teve retração de cerca de
15% no período. Apesar disso, o
desempenho no trimestre iguala-se ao do segundo trimestre
de 2005, o menor da série.
O setor com maior avanço no
mês foi "veículos e motos, partes e peças" (3,9%). A única
queda foi no ramo de "móveis e
eletrodomésticos" (-2,2%).
Texto Anterior: Mantega admite crescimento zero em 2009 Próximo Texto: Indústria: Setor abre 19 mil vagas em abril, e Fiesp diz que o pior já passou Índice
|