São Paulo, sexta-feira, 15 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMÉRCIO

Vendas perdem ritmo em março, e trimestre chega a piso histórico

DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO

O crescimento do varejo brasileiro se desacelerou para 0,3% em março em relação a fevereiro, depois de registrar taxas acima de 1% nos dois primeiros meses do ano. O resultado foi impactado especialmente pela estabilidade das vendas de super e hipermercados, que no mês anterior tinham dado a principal contribuição para o aumento.
Em relação a março de 2008, a expansão das vendas do varejo foi de apenas 1,8% -a mais baixa neste tipo de comparação desde novembro de 2003. O desempenho foi prejudicado pelo chamado "efeito-calendário": a base de comparação estava alta por causa da Páscoa, que em 2008 foi festejada em março e, neste ano, em abril.
Para a consultoria Rosenberg e Associados, o desempenho mais fraco do setor está ligado à situação "cada vez menos amigável" do mercado de trabalho. A empresa avalia que o crescimento do comércio varejista neste ano será sustentado pelas vendas de itens não duráveis e vê espaço para piora se a massa salarial cair mais.
Já a Gouvêa de Souza afirma que o impacto da crise tem sido menor que o esperado. A consultoria destacou que o crescimento de 3,8% no primeiro trimestre do ano foi muito superior ao verificado na indústria, que teve retração de cerca de 15% no período. Apesar disso, o desempenho no trimestre iguala-se ao do segundo trimestre de 2005, o menor da série.
O setor com maior avanço no mês foi "veículos e motos, partes e peças" (3,9%). A única queda foi no ramo de "móveis e eletrodomésticos" (-2,2%).


Texto Anterior: Mantega admite crescimento zero em 2009
Próximo Texto: Indústria: Setor abre 19 mil vagas em abril, e Fiesp diz que o pior já passou
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.