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"NYT" on-line será cobrado em janeiro
Leitor deverá pagar por conteúdo na web
a partir de certa quantidade de textos lidos
Data precisa para o início da cobrança foi anunciada pelo editor-executivo do jornal, Bill Keller, em evento de mídia na quinta à noite
DA REDAÇÃO
O "New York Times", o jornal mais influente do mundo e
o terceiro maior em circulação
nos EUA, começará a cobrar
pelo acesso ao conteúdo publicado em sua página na internet
a partir de janeiro de 2011.
O anúncio foi feito pelo editor-executivo do jornal, Bill Keller, em um jantar da "Foreign
Press Association" na noite de
anteontem. Os comentários
ajudaram a precisar o "timing"
do plano, que fora anunciado,
sem data precisa para ser posto
em prática, no início do ano.
O acesso ao conteúdo on-line
do "New York Times" hoje é
gratuito. A ideia é que ele passe
a ser cobrado a partir de uma
certa quantidade de textos lidos -como ocorre hoje, por
exemplo, com o acesso ao conteúdo on-line do diário britânico "Financial Times".
Se bem-sucedida, a ação pode iniciar um efeito dominó no
resto da indústria jornalística
local, que, na maioria dos casos,
segue o modelo atual do diário.
De acordo com o que fora
anunciado no início do ano, visitantes frequentes do site passarão a pagar uma mensalidade
fixa depois de ultrapassarem
um número de artigos lidos de
graça num período de 30 dias.
O jornal, contudo, não divulgou o valor a ser cobrado nem o
número limite de textos gratuitos. Assinantes da versão em
papel continuarão com acesso
on-line total gratuito, segundo
informações do início do ano.
A mudança no "New York Times" vem no ritmo da busca,
pelas empresas de mídia, por
novas formas de receita, a fim
de amortecer o encolhimento
do mercado publicitário (em
decorrência da crise), a queda
do número de leitores da versão em papel dos jornais, a fuga
dos classificados para sites gratuitos e a migração de anúncios
para o meio on-line num ritmo
menor do que o esperado.
O jornal já cobrou por parte
de seu conteúdo on-line antes,
em 2005, quando o serviço TimeSelect fechou o acesso a artigos de colunistas e editoriais do
jornal. Na época, 210 mil assinantes aceitaram pagar
US$ 49,95 (R$ 88,45) por ano
pelo serviço. A iniciativa foi
abandonada com o boom na
publicidade on-line, em 2007.
As ações do grupo que controla o jornal, a New York Times Company, registraram
queda de 2,87% ontem.
Com agências internacionais
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