DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Guido Mantega (Planejamento) apresentou ontem uma agenda para o Brasil e os demais países emergentes adotarem uma política de desenvolvimento sustentável.
Para o ministro, o caminho para o desenvolvimento passa por mudanças no sistema de comércio e finanças internacionais, pela adoção de políticas industrial e tecnológica, pela atuação do governo para aumentar a competitividade do país e pela adoção de um programa de inclusão social.
Ainda segundo Mantega, o Brasil já começou a adotar tais políticas. No âmbito da política internacional, ele lembrou da formação do G20 e da insistência do Brasil na mudança de critérios de contabilidade do Fundo Monetário Internacional.
Ainda no campo internacional, ele também considerou prioritárias as ações dos países mais pobres para que as negociações comerciais resultem em eliminação dos subsídios às exportações e do uso de medidas antidumping que prejudicam esses países.
Para Mantega, o Brasil e outros países latino-americanos atingiram, desde o ano passado, um equilíbrio fiscal mais sólido, melhora nas contas externas e redução da vulnerabilidade externa.
O economista Deepak Nayyar, da Universidade de Delhi, que participou do mesmo seminário no qual o ministro fez sua apresentação, usou os exemplos da Índia e da China para concluir qual a estratégia de desenvolvimento mais adequada para os governos de países emergentes.
Nayyar admite que para uma parte importante dos países não é possível repetir as experiências chinesa e indiana. "Porque parte do sucesso é explicada pelo tamanho desses países e pelo período histórico oportuno para fazer as mudanças."


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