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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Executivo no país ganha mais que nos EUA, diz estudo
Os executivos que trabalham
no Brasil ganham mais do que
os profissionais que exercem a
mesma atividade nos Estados
Unidos e na Europa. Eles chegam a ganhar 21% a mais, em
termos de salário em dólares,
do que um executivo americano na mesma posição nos EUA.
A conclusão é do estudo "Remunerando no Brasil" da consultoria Hay Group, com 200
presidentes de empresas no
Brasil, que comparou salários
do país com os de outros em
2007 e 2008. O levantamento
também relacionou os bônus
recebidos por presidentes de
empresas brasileiras com os incentivos ganhos por presidentes de empresas norte-americanas e européias que atuam no
Brasil. A conclusão é que as empresas nacionais pagam mais.
Segundo o estudo, os presidentes das empresas nacionais
ganham 66% do salário-base
anual como bônus, enquanto o
percentual para presidentes de
empresas americanas em território nacional é de 48% e o das
organizações européias, 47%.
A pesquisa mostra que as empresas brasileiras adotam políticas cada vez mais agressivas
para manter seus executivos,
oferecendo incentivos que
obrigam as multinacionais que
estão no país a reverem sua estratégia de remuneração.
A maioria das empresas prefere benefícios de curto prazo.
O estudo aponta que 99% das
companhias nacionais oferecem tais benefícios. No ano
passado, o número de organizações que concedem esses incentivos subiu 18% ante 2006.
Entre os benefícios de curto
prazo, 87% oferecem participação nos lucros, 69% dão bônus
e 56% concedem uma combinação entre os incentivos.
"Ninguém paga bônus como
no Brasil", diz Cláudio Costa,
diretor da Hay Group. O especialista diz que isso ocorre pois
muitos dos que comandam as
companhias brasileiras são de
uma geração habituada à hiperinflação, que prefere incentivos para metas de curto prazo.
Com a estabilidade econômica, a tendência é que as empresas ofereçam mais incentivos
relacionados a metas de longo
prazo. Em relação ao salário-base, a diferença de remuneração entre brasileiros e estrangeiros na mesma função fora do país se explica por causa da diferença do nível hierárquico.
O executivo de uma companhia nacional se reporta diretamente ao número um da empresa, enquanto o profissional de uma multinacional pode estar no terceiro ou quarto nível
da estrutura global.
"O resultado é que executivos de organizações estrangeiras estão deixando os postos
para assumirem posições nas
de controle nacional." Outra
conclusão da pesquisa é que há
mais disparidade entre salários
nas empresas brasileiras do
que nas organizações estrangeiras que estão no país.
O salário-base do principal
executivo de uma empresa pode ser 80 vezes o de um funcionário de nível operacional. Nas
companhias dos EUA que
atuam no Brasil, a diferença é
de 42 vezes e, nas européias, 22.
DE PLÁSTICO
Em maio, foi registrado o
maior volume do ano nas
importações de produtos
plásticos transformados. O
total importado foi de
US$ 196,1 milhões, com um
aumento de 9,1% na comparação com o mês anterior. As
exportações no mês passado
atingiram um total de
US$ 124 milhões, cerca de
4,4% acima do registrado
em abril. Já na comparação
com o mesmo mês do ano
passado, as importações
cresceram 25,7% e as exportações foram 14,1% superiores.
ENGENHARIA
RENOVÁVEL
A Método Engenharia começa a operar uma nova unidade
de negócio, voltada ao segmento de energia. A idéia surgiu na
área de desenvolvimento de
novos negócios, que identificou
a necessidade de investimentos
em trabalhos de energia, infra-estrutura e sustentabilidade.
"É preciso entrar em projetos
de biocombustível e energia renovável", diz Fernando Ferreira, diretor. "Esse mercado, que
antes era formado por usineiros tradicionais, virou global."
A empresa já participa do desenvolvimento de um cluster
agroindustrial e energético em
Goiás.
CONTRADIÇÃO
A declaração de Barack
Obama, em entrevista a um
jornal chileno, de que gostaria de se unir ao Brasil na
busca de energias alternativas parece ser eleitoreira, segundo Mário Marconini,
presidente do conselho de
relações internacionais da
Fecomercio. "Ao mesmo
tempo em que diz se preocupar com a questão ambiental
e energética, se recusa a tocar no assunto da barreira ao
álcool brasileiro, cujo custo
alfandegário é de US$ 0,54
por galão."
MOVIMENTO
A elevação do Brasil a grau
de investimento está movimentando as instituições
brasileiras no exterior. A Fator Corretora vai reunir, no
Grand Hyatt, em Nova York,
na próxima quarta-feira, um
grupo de potenciais investidores interessados em usufruir dos benefícios da melhora na classificação do risco-país. Os números da economia serão apresentados
por representantes do Tesouro Nacional, da CVM e da
Bovespa, convidados pela
Fator.
Jovem não age mas se preocupa com ambiente
Os jovens estão preocupados com a questão ambiental, mas poucos fazem algo
para mudar, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ.
O levantamento, com pessoas entre 16 e 24 anos, mostra que 72% acreditam que a
responsabilidade pela degradação ao ambiente pode ser
transferida ao cidadão comum e 71% acham que ainda
é possível reverter o quadro
de desequilíbrio ambiental.
Mas 48%, no dia-a-dia, não
têm ações de preservação.
Fechar a torneira ao escovar
os dentes ou apagar as luzes
são atos praticados por menos jovens hoje do que em
2007. Por outro lado, mas
com percentuais baixos, hábitos como separar lixo, consumir produtos menos prejudiciais e carona têm mais adeptos jovens neste ano.
Com crise nos EUA, exportadora de barcos vende no Brasil
A empresa Sterling Yachts,
que tem controle acionário
brasileiro, fabrica iates para exportação em Indaiatuba (SP) e
começa a vender também no
Brasil.
A mudança de estratégia foi
motivada pela crise econômica
nos Estados Unidos- um dos
principais mercados da empresa-, pela valorização do real e
também pelo crescimento da
economia brasileira, que estimulou a demanda pelos barcos
de luxo.
Oliver Ilg, vice-presidente
comercial da Sterling Yachts,
afirma que as vendas para o
mercado norte-americano devem cair cerca de 25% neste
ano. "Queremos compensar a
perda investindo cada vez mais
no Brasil."
Puxada pela venda no mercado interno, a Sterling Yachts
pretende aumentar em 25% o
faturamento neste ano.
De acordo com Ilg, outro fator que faz aumentar a demanda pelo produto é a forte alta do
preço do petróleo. Os iates movidos a motor de cruzeiro são
mais econômicos que as lanchas e os iates tradicionais.
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