São Paulo, domingo, 15 de junho de 2008

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Produção cresce e consumo cai com a volta da inflação

DO ENVIADO ESPECIAL

Em uma das regiões de maior produtividade agrícola do país, a venda de alimentos caiu mais de 20% em supermercados locais por conta de um forte aumento de preços recente.
"Tudo subiu, e o povo não aguenta. Só no arroz, a queda é de 30%", diz Cleusmar Gobbi, 51, dono do supemercado Patriarca em São Desidério, a 27 km de Barreiras. O saco de 60 kg de feijão, diz, subiu de R$ 150 para R$ 266. A caixa com 20 latas de óleo de soja, de R$ 38 para R$ 59. E por aí vai.
Em Barreiras, Delice de Souza, 32, cuja principal renda são R$ 112 mensais do Bolsa Família para alimentar três filhos, diz ter tirado da cozinha vários itens após a disparada dos preços. "Ficou ruim", reclama.
Muitos dos moradores locais associam a volta da ação das "maquininhas de etiquetas de preço" nos supermercados a uma piora do desempenho do presidente Lula na Presidência.
"Não estou acreditando. Batata, tomate, banana, tá tudo mais caro. O governo parou de segurar a inflação", resumiu Doralice Silva, 35, ao sair da feira central de Barreiras com a sacola quase vazia. (FCZ)


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