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Produção cresce e consumo cai com a volta da inflação
DO ENVIADO ESPECIAL
Em uma das regiões de maior
produtividade agrícola do país,
a venda de alimentos caiu mais
de 20% em supermercados locais por conta de um forte aumento de preços recente.
"Tudo subiu, e o povo não
aguenta. Só no arroz, a queda é
de 30%", diz Cleusmar Gobbi,
51, dono do supemercado Patriarca em São Desidério, a 27
km de Barreiras. O saco de 60
kg de feijão, diz, subiu de R$ 150
para R$ 266. A caixa com 20 latas de óleo de soja, de R$ 38 para R$ 59. E por aí vai.
Em Barreiras, Delice de Souza, 32, cuja principal renda são
R$ 112 mensais do Bolsa Família para alimentar três filhos,
diz ter tirado da cozinha vários
itens após a disparada dos preços. "Ficou ruim", reclama.
Muitos dos moradores locais
associam a volta da ação das
"maquininhas de etiquetas de
preço" nos supermercados a
uma piora do desempenho do
presidente Lula na Presidência.
"Não estou acreditando. Batata, tomate, banana, tá tudo
mais caro. O governo parou de
segurar a inflação", resumiu
Doralice Silva, 35, ao sair da feira central de Barreiras com a
sacola quase vazia.
(FCZ)
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