|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Indústria não teme fim da terceirização
O fim da terceirização não assusta os empresários. A conclusão é de sondagem da Fiesp
com 228 indústrias brasileiras
para levantar as consequências
para o setor da imposição de
barreiras à contratação de serviços terceirizados. A maioria
disse que não perderia competitividade se não pudesse terceirizar serviços.
O resultado surpreendeu até
mesmo a Fiesp, que negocia
nova redação para um projeto
de lei em trâmite no Congresso
sobre o tema.
Hoje, cerca de 54% das indústrias do país utilizaram serviços terceirizados nos últimos
três anos, segundo o levantamento. Em São Paulo, o percentual sobe para 65%.
Apesar de a maioria dos entrevistados não admitir um impacto negativo do fim da terceirização, apenas 17% deles disseram que vão reduzir ou deixar de utilizar esses serviços
-66% vão manter o nível de
terceirização e, 17%, aumentar.
"A afirmação da maioria dos
empresários de que o fim da
terceirização não prejudica
seus negócios não é coerente
com a intenção deles de manter
ou ampliar o uso do serviço",
afirma Walter Sacca, diretor-adjunto do Departamento de
Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.
Sacca disse que a atual redação do projeto de lei não proíbe
explicitamente a terceirização,
mas cria novas exigências para
as empresas, que inviabilizam
os contratos. No final de abril, o
projeto foi retirado da pauta da
Câmara e uma nova versão do
texto está em elaboração no
Ministério do Trabalho.
Para Sacca, as barreiras à terceirização prejudicarão principalmente as empresas de pequeno porte. "As grandes companhias poderão sentir um aumento de custo, mas vão se
adaptar sem recorrer à informalidade. Já as pequenas tendem a tentar contornar aumentos de custos buscando soluções na informalidade."
Sacca afirma que a terceirização é uma tendência na indústria, mesmo com a pressão contrária das centrais sindicais. O
motivo é que ela reduz os custos de encargos trabalhistas e
de desenvolvimento de estrutura para áreas não afins.
"As pequenas empresas
tendem a tentar
contornar aumentos de
custos buscando
soluções na
informalidade"
WALTER SACCA
diretor-adjunto da Fiesp
MASTRO
O empresário Juca Moreira, diretor da carioca NewBoats,
quer expandir seu negócio para São Paulo. Ele planeja montar até o final do ano uma marina no Guarujá para expor,
testar e vender lanchas e hidroaviões de marcas como Axtor
e Seamax. Outro projeto em andamento no Estado é a busca
de parcerias com decoradores para desenvolver uma linha
de lanchas assinadas. Segundo Moreira, a arquiteta Bia Barros já mostrou interesse no projeto. "Os decoradores poderiam fazer algo mais interessante no interior das lanchas do
que o projeto que vem de fábrica", afirma Moreira.
DE OLHO NA AUDIÊNCIA
A 3RCorp, que desenvolve tecnologias de monitoramento, lança neste mês um produto focado nas grandes redes
de varejo: o display inteligente, capaz de medir quantas
pessoas pararam para olhar anúncios nos pontos-de-venda. "As redes têm necessidade de mensurar a audiência
dos displays para direcionar os investimentos em marketing", diz Fabio Vitaliano, diretor da 3RCorp e ex-Itautec.
NA TOMADA
O Crediário Caixa Fácil
para a compra de bens de
consumo e pacotes de turismo da Caixa Econômica Federal superou neste mês os
R$ 20 milhões em financiamentos para a compra de
eletrodomésticos, eletroeletrônico, móveis e equipamentos de informática,
atendendo a demanda de
mais de 24 mil consumidores no Brasil.
NA BOMBA
A distribuidora de combustíveis Ale vai direcionar
sua verba de marketing para
ações de guerrilha digital. Na
próxima quinta-feira, a empresa vai lançar uma ação de
guerrilha com pop-up
shows. Nos últimos oito meses, com a aquisição das distribuidoras Polipetro e Repsol, a companhia cresceu de
1.200 para 1.700 postos instalados no país.
PRATELEIRA
Os consultores Rubens Pimentel Neto e Yuri Trafane,
especialistas no mercado de
vendas há 20 anos, diretores
da consultoria Ynner Marketing, lançam neste mês
"Venda com Corpo, Mente e
Alma" (Editora Saraiva, 168
pág.). O livro aborda temas
como diálogo nas negociações, equipe integrada e soluções para os clientes. Para
os autores, o processo de
vendas é determinado pela
comunicação pessoal.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
Próximo Texto: Governo investiga venda de soro hospitalar Índice
|