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Nova geração mira resistir a seca e a frio
DO "FINANCIAL TIMES"
Embora as safras GM
atuais tenham sido desenvolvidas para resistir ao que
os cientistas designam como pestes "de desgaste
biótico", a segunda geração, hoje em desenvolvimento, vai se concentrar no
"desgaste abiótico". Isso
abarca fatores não biológicos, tais como seca e inundações, calor e frio, salinidade e acidez. O maior esforço seria criar plantas
capazes de usar água de
maneira mais eficiente.
"O desgaste abiótico reduz o rendimento de algumas grandes safras em entre 65% e 80%", diz Michael Metzlaff, diretor de
produtividade de safras da
Bayer, na Alemanha. As
experiências de sua empresa demonstram que a
tecnologia de "silenciamento de genes" pode reduzir a produção de uma
importante enzima chamada Parp, que controla a
resposta das plantas.
Como resultado, as
plantas crescem melhor
sob condições adversas.
Empresas planejam lançar variedades de milho
resistentes a enchentes
entre 2012 e 2015.
Água
Chris Zinselmeyer, diretor de pesquisa na Syngenta, da Suíça, diz que o objetivo é produzir uma variedade com rendimento superior ao do milho comum, nos anos de seca,
mas "sem prejudicar o
rendimento nos anos em
que a água for abundante".
Além da resistência à seca, o setor está trabalhando em outros traços. Um
produto, o Corn Amylase
da Syngenta, demonstra
como safras GM poderiam
ajudar o setor de biocombustíveis. Trata-se de milho geneticamente modificado para produzir nível
elevado de uma enzima
chamada alfa-amilase, ingrediente crucial para a
produção do bioetanol.
John Atkin, diretor de
proteção a safras da
Syngenta, afirma que o
Corn Amylase aumentará
a eficiência na produção
entre 5% e 10%.
Enquanto isso, a Monsanto trabalha para adicionar gentes que permitiriam que safras usem nitrogênio de maneira mais
eficiente. Fertilizantes de
nitrogênio representam
um dos insumos mais dispendiosos na agricultura:
apenas nos EUA, os agricultores gastam mais de
US$ 3 bilhões ao ano aplicando fertilizantes em
campos de milho. Pelo
menos metade do nitrogênio é desperdiçado porque
a safra não o absorve.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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