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INDÚSTRIA
Com demanda por celulose em alta, Suzano mantém planos
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A Suzano Papel e Celulose
decidiu manter o plano de
investir US$ 6,6 bilhões até
2018 na construção de três
fábricas. A decisão vem no
rastro da alta da demanda
global por celulose oriunda
do eucalipto (principal produto da empresa), impulsionada pelo mercado chinês.
O presidente da companhia, Antônio Maciel Neto,
disse ontem que as vendas ficaram estáveis no primeiro
semestre. Esse quadro deveu-se, principalmente, ao
mercado chinês, cujas compras compensaram a retração dos tradicionais mercados europeu e americano.
De janeiro a junho, as importações totais chinesas de
celulose cresceram 60%, segundo o executivo. Em relação às vendas da Suzano, o
mercado chinês absorveu
50% do total -antes da crise,
absorvia entre 20% e 30%.
"Os chineses tinham estoques muito reduzidos no início da crise. Além disso, estão
substituindo a produção local, que é mais cara e poluente, e a própria economia local
se mantém em alta." A China
passou a ocupar o posto de
principal mercado da Suzano
-antes era a Europa, 50%
das exportações, mas hoje
menos de 35% da fatia.
A Suzano planeja construir três novas fábricas no
Nordeste (1,3 milhão de toneladas/ano de capacidade),
voltadas à fabricação de celulose para o mercado externo,
e expandir a produção na
unidade de Mucuri (BA). A
produção da companhia é de
2,8 milhões de toneladas.
A primeira fábrica começa
a ser construída em 2011, no
Maranhão, com início de
operação em 2013. A unidade
receberá madeira de reflorestamento da Vale, segundo
acordo assinado ontem.
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