São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2009

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Apesar de otimismo nos EUA, Bovespa recua 0,64%

Saída de estrangeiros deprecia ações; dólar cai para
R$ 1,969


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais uma vez a BM&FBovespa deixou de aproveitar o sinal positivo externo e terminou o pregão no vermelho. Com suas ações mais negociadas em baixa, o índice Ibovespa, a principal referência do mercado doméstico, terminou o dia com desvalorização de 0,64%.
Após a entrada de capital externo no mercado local destinado ao lançamento das ações da VisaNet, no fim de junho, o que tem sido visto é a aceleração da saída dos investidores estrangeiros. Neste mês, até o dia 8, o saldo das operações feitas com capital externo está negativo em R$ 1,85 bilhão. Isso significa que os estrangeiros mais venderam que compraram ações nesse montante.
Com participação de 38% no total de operações com ações realizadas na BM&FBovespa neste mês, os estrangeiros são a categoria que mais negociou no período. Dessa forma, suas decisões de investimentos acabam sendo muito relevantes para o desempenho da Bolsa.
O resultado de ontem fez o Ibovespa descer abaixo dos 49 mil pontos, o que não ocorria desde maio. O índice, que já perdeu 5,04% apenas neste mês, terminou o dia de ontem aos 48.872 pontos.
No exterior, o balanço do Goldman Sachs, que trouxe resultado trimestral mais forte que o projetado pelos analistas, deu fôlego às Bolsas de Valores. O índice Dow Jones, que reúne 30 das ações dos EUA mais negociadas, subiu 0,33%. A Bolsa de Londres ganhou 0,85%.
Os pregões apenas não foram melhores devido aos números de inflação nos EUA. O PPI (índice de preços ao produtor) surpreendeu negativamente, ao apontar inflação de 1,8% em junho, acima das expectativas.
A Bolsa brasileira chegou a ter ganhos na primeira hora de pregão, quando registrou elevação de 0,94%.
Mas a saída de capital externo não permitiu que a Bolsa se mantivesse na rota de ganhos. Esse movimento de saída costuma afetar bastante as ações de grandes companhias, como Petrobras e Vale.
Em meio à depreciação recente das commodities no mercado internacional, as empresas exportadoras de matérias-primas têm aparecido na ponta perdedora. As ações da Petrobras terminaram em baixa de 0,67% (preferenciais) e 0,41% (ordinárias). Para o papel preferencial "A" da Vale, a queda foi de 1,41%. Outros destaques de perdas foram Itaú Unibanco PN (-1,06%) e BM&FBovespa ON (-0,36%).
O dólar encerrou o pregão de ontem vendido a R$ 1,969, em baixa de 0,56%.


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