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Apesar de otimismo nos EUA, Bovespa recua 0,64%
Saída de estrangeiros deprecia ações; dólar cai para
R$ 1,969
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais uma vez a BM&FBovespa deixou de aproveitar o sinal
positivo externo e terminou o
pregão no vermelho. Com suas
ações mais negociadas em baixa, o índice Ibovespa, a principal referência do mercado doméstico, terminou o dia com
desvalorização de 0,64%.
Após a entrada de capital externo no mercado local destinado ao lançamento das ações
da VisaNet, no fim de junho, o
que tem sido visto é a aceleração da saída dos investidores
estrangeiros. Neste mês, até o
dia 8, o saldo das operações feitas com capital externo está negativo em R$ 1,85 bilhão. Isso
significa que os estrangeiros
mais venderam que compraram ações nesse montante.
Com participação de 38% no
total de operações com ações
realizadas na BM&FBovespa
neste mês, os estrangeiros são a
categoria que mais negociou no
período. Dessa forma, suas decisões de investimentos acabam sendo muito relevantes
para o desempenho da Bolsa.
O resultado de ontem fez o
Ibovespa descer abaixo dos 49
mil pontos, o que não ocorria
desde maio. O índice, que já
perdeu 5,04% apenas neste
mês, terminou o dia de ontem
aos 48.872 pontos.
No exterior, o balanço do
Goldman Sachs, que trouxe resultado trimestral mais forte
que o projetado pelos analistas,
deu fôlego às Bolsas de Valores.
O índice Dow Jones, que reúne
30 das ações dos EUA mais negociadas, subiu 0,33%. A Bolsa
de Londres ganhou 0,85%.
Os pregões apenas não foram
melhores devido aos números
de inflação nos EUA. O PPI (índice de preços ao produtor)
surpreendeu negativamente,
ao apontar inflação de 1,8% em
junho, acima das expectativas.
A Bolsa brasileira chegou a
ter ganhos na primeira hora de
pregão, quando registrou elevação de 0,94%.
Mas a saída de capital externo não permitiu que a Bolsa se
mantivesse na rota de ganhos.
Esse movimento de saída costuma afetar bastante as ações
de grandes companhias, como
Petrobras e Vale.
Em meio à depreciação recente das commodities no mercado internacional, as empresas exportadoras de matérias-primas têm aparecido na ponta
perdedora. As ações da Petrobras terminaram em baixa de
0,67% (preferenciais) e 0,41%
(ordinárias). Para o papel preferencial "A" da Vale, a queda
foi de 1,41%. Outros destaques
de perdas foram Itaú Unibanco
PN (-1,06%) e BM&FBovespa
ON (-0,36%).
O dólar encerrou o pregão de
ontem vendido a R$ 1,969, em
baixa de 0,56%.
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