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SP registra pior junho desde 1999
DA SUCURSAL DO RIO
A crise da demanda provocada
pelas dificuldades de crédito e a
queda da renda do trabalhador
derrubaram a atividade industrial
de São Paulo em junho. No Estado, a produção industrial teve
queda de 4,3%, o pior resultado
para o mês desde 1999.
De acordo com a economista
Isabella Nunes Pereira, da Coordenação de Indústria do IBGE, o
fraco desempenho do Estado foi
causado pela redução do consumo interno.
No Estado, os segmentos que
mais influenciaram a queda da taxa foram o automotivo (em que a
variação da produção caiu de
1,9% no primeiro trimestre deste
ano para -10,8% no segundo) e a
indústria química (cuja taxa passou de -1,5% para -4,3%).
Segundo a economista, a queda
da produção industrial se repete
em outras regiões em que as atividades da indústria estão mais voltadas para o mercado nacional:
"Os piores números são registrados justamente em locais onde a
produção está direcionada para o
consumo interno. É uma consequência do poder de compra reduzido e do alto nível de desemprego, que criam um quadro desfavorável ao consumo", diz.
No Ceará, Estado em que principal indústria é a têxtil, a produção industrial passou de uma alta
de 1,2% no primeiro trimestre para uma queda de 4,9% no segundo. Já em Pernambuco, a pequena
queda observada no primeiro trimestre se acentuou, passando de
-0,1% para -6,9%.
No Rio de Janeiro, onde a economia gira principalmente em
torno da produção de petróleo, a
atividade industrial teve uma performance atípica: aumentou 4,2%
de janeiro a março, mas caiu 2,7%
entre abril e junho. O desempenho foi prejudicado por uma parada das atividades da Refinaria
Duque de Caxias, da Petrobras,
para manutenção.
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