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São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2003

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CONSUMO

Aumenta pessimismo do brasileiro

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O brasileiro está mais pessimista hoje que no final de 2002 (outubro) quanto às perspectivas de conseguir trabalho ou de comprar bens de alto valor. É o que aponta a Sondagem de Expectativa do Consumidor referente a julho deste ano, divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O trabalho mostrou também que, embora a avaliação quanto à situação individual ou familiar esteja pior, as respostas referentes à situação econômica do país no momento da pesquisa vêm melhorando gradativamente, embora prepondere a avaliação negativa. Quando a pergunta é referente aos próximos seis meses, o percentual dos que acham que o país vai melhorar é declinante.
"O consumidor está pessimista em relação a sua vida, apesar da percepção de uma melhoria na situação geral", resumiu Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV. Para ele, "quanto mais individualizado o resultado, pior fica a avaliação".
A FGV vem ouvindo trimestralmente, desde outubro de 2002, 2.000 famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos em 12 capitais. Os resultados das pesquisas já realizadas foram divulgados ontem pela primeira vez.
A FGV quis saber se o entrevistado achava que nos seis meses seguintes ele teria mais ou menos facilidade de conseguir trabalho. Em outubro do ano passado, 17,5% achavam que seria mais fácil, 45,41% avaliavam que seria mais difícil e 37,09% entendiam que não haveria mudança.
Em julho, o percentual dos que achavam que seria mais fácil caiu para 9,44%, o dos que consideravam que iria ficar mais difícil subiu para 57,79% e 32,77% avaliaram que não haveria mudança.
Sobre a situação presente do país, em outubro de 2002 apenas 3,31% a consideravam boa. Em julho deste ano, o percentual de respostas "boa" subiu para 4,69%.


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