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CONSUMO
Aumenta pessimismo do brasileiro
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O brasileiro está mais pessimista hoje que no final de 2002 (outubro) quanto às perspectivas de
conseguir trabalho ou de comprar bens de alto valor. É o que
aponta a Sondagem de Expectativa do Consumidor referente a julho deste ano, divulgada pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas).
O trabalho mostrou também
que, embora a avaliação quanto à
situação individual ou familiar esteja pior, as respostas referentes à
situação econômica do país no
momento da pesquisa vêm melhorando gradativamente, embora prepondere a avaliação negativa. Quando a pergunta é referente
aos próximos seis meses, o percentual dos que acham que o país
vai melhorar é declinante.
"O consumidor está pessimista
em relação a sua vida, apesar da
percepção de uma melhoria na situação geral", resumiu Salomão
Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV. Para ele,
"quanto mais individualizado o
resultado, pior fica a avaliação".
A FGV vem ouvindo trimestralmente, desde outubro de 2002,
2.000 famílias com renda entre 1 e
33 salários mínimos em 12 capitais. Os resultados das pesquisas
já realizadas foram divulgados
ontem pela primeira vez.
A FGV quis saber se o entrevistado achava que nos seis meses
seguintes ele teria mais ou menos
facilidade de conseguir trabalho.
Em outubro do ano passado,
17,5% achavam que seria mais fácil, 45,41% avaliavam que seria
mais difícil e 37,09% entendiam
que não haveria mudança.
Em julho, o percentual dos que
achavam que seria mais fácil caiu
para 9,44%, o dos que consideravam que iria ficar mais difícil subiu para 57,79% e 32,77% avaliaram que não haveria mudança.
Sobre a situação presente do
país, em outubro de 2002 apenas
3,31% a consideravam boa. Em
julho deste ano, o percentual de
respostas "boa" subiu para 4,69%.
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