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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
"Texaco é melhor que Esso", diz Cunha
Depois de ter perdido a corrida para a compra da Esso para a
Cosan, o empresário Paulo Cunha, presidente do Conselho de
Administração do grupo Ultra,
fechou ontem a aquisição da
Texaco por R$ 1,161 bilhão.
"A compra da Texaco é muito
melhor para nós do que a Esso",
diz Cunha. "A Texaco tem ativos de melhor qualidade e também adota práticas de mercado
e de operações semelhantes às
nossas junto a nossos revendedores, o que facilita a integração entre as duas empresas."
Além disso, Cunha ainda destaca o fato de o grupo Ultra se
consolidar na posição de segundo maior distribuidor de
combustíveis do mercado. A
Texaco detém 9% de participação do mercado, ao passo que a
Esso detinha 6%.
Com a aquisição, o grupo Ultra passa a deter 23% do mercado. A BR, a Petrobras distribuidora, mantém-se na liderança,
com 39% de participação. A
Shell cai para o terceiro lugar,
com 15% do mercado.
O detalhe, de acordo com
Paulo Cunha, é que, nas regiões
Sul e Sudeste, o grupo fica praticamente do mesmo tamanho
da BR. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a BR ainda é bem maior.
A compra da Texaco foi o segundo grande passo nesta área
realizado por Paulo Cunha. Em
2007, com a Petrobras e a Braskem, o Ultra já tinha adquirido
a Ipiranga. Após essa aquisição,
o grupo aumenta de 3.000 para
5.200 o número de postos no
Brasil.
"Estamos fazendo uma aposta grande no varejo. Vamos trabalhar nisso", diz Cunha.
As negociações para a aquisição da Texaco no Brasil se arrastaram por um ano. Segundo
Paulo Cunha, foi o próprio grupo Ultra que bateu na porta da
Chevron manifestando o interesse na compra da Texaco brasileira. A transação não teve intermediários.
"A negociação foi longa e extenuante", diz Cunha.
O maior problema na negociação, de acordo com o empresário, foi a dificuldade em convencer a empresa a vender só a
parte de distribuição de combustíveis. A Texaco tem outras
atividades no Brasil, nas áreas
de perfuração e refino de petróleo na bacia de Campos e de distribuição de lubrificantes. Todos esses outros setores ficaram de fora.
A saída da segunda multinacional do país da área de distribuição de combustível, logo depois da venda da Esso, marca
um reposicionamento estratégico dessas empresas em relação ao Brasil.
As companhias de fora do setor nunca esconderam o interesse em ampliar seus investimentos na área de refino, mas
chegaram à conclusão de que
são pequenas as chances de
conseguir avançar numa área
dominada pela Petrobras.
INFORMÁTICA
HP FATURA US$ 2 BI EM 2007 E SE TORNA MAIOR EMPRESA EM TI
A HP se consolidou como a maior empresa de informática
do Brasil, com faturamento de US$ 2,28 bilhões em 2007,
superando a IBM. Os dados são do "Anuário Informática
Hoje 2008", que traz o balanço de 256 empresas de TI no
país no ano passado. O faturamento do setor cresceu 10,5% e
atingiu R$ 42,5 bilhões em 2007. O anuário será lançado na
segunda e vai premiar as melhores empresas de grande, médio e pequeno porte de cinco segmentos de TI -hardware,
software, serviços, integração e canais de comercialização.
Aquisições de empresas do país no exterior somam US$ 6 bi até junho
A confiança dos executivos
na economia brasileira e a boa
reputação do país em relação a
outros emergentes vão acelerar
os negócios de fusões e aquisições internacionais, principalmente nos setores de mineração, bens de consumo, telecomunicações e commodities.
Essa é a análise de Charlie
Welsh, co-fundador da Mergermarket, empresa de fusões e
aquisições. Ele veio a São Paulo
nesta semana para um debate
organizado pela companhia.
Segundo a Mergermarket, no
primeiro semestre, os negócios
desse tipo entre as empresas no
país movimentaram US$ 36,11
bilhões. "O boom da economia
fez com que os executivos ficassem confiantes, e a confiança é
o que move o mercado de fusões", diz Welsh.
No primeiro semestre deste
ano, sem contar a operação da
AmBev, as aquisições das companhias brasileiras fora do país
somaram US$ 5,7 bilhões em
22 operações. As compras de
empresas estrangeiras no Brasil somaram US$ 14,8 bilhões
em 41 operações.
Para o especialista, os setores
ligados às commodities vão alavancar novos negócios. Welsh
diz que as mineradoras brasileiras ficarão mais agressivas
em razão do crescente status
que elas têm no mercado e sondarão empresas de países vizinhos, como Peru e Colômbia.
De janeiro a junho, o Brasil
foi o mais dinâmico da América
Latina em fusões e aquisições.
A estimativa da Mergermarket
é que, no segundo semestre, o
país repita a liderança.
ARGAMASSA
A Weber Quartzolit, do
grupo Saint-Gobain, investirá R$ 13 milhões em uma nova unidade para fabricar argamassa industrial em Camaçari, na Bahia. A fábrica
deve ficar pronta no primeiro trimestre de 2009.
MIL E UMA NOITES
Até julho, as exportações
do Brasil para o Iraque somaram US$ 215 milhões, diz
a Câmara Brasil Iraque. É o
terceiro melhor resultado
desde 1990. Em 2007, as
operações totalizaram US$
226 milhões. Os principais
produtos são açúcar, carne
de frango, de boi, de peru,
atum, chocolate, lentes de
contato e tratores.
PARA ONTEM
A unidade especializada
em construções rápidas
(conceito de Fast Construction) da Método Engenharia
fechou cinco contratos neste ano,que devem gerar R$
60 milhões. O negócio mais
recente foi com a Tok&Stok
para construção de duas novas lojas no Paraná.
MACA
Jacob Szejnfeld, da clínica
de diagnóstico Cura, investe
US$ 3 milhões em dois equipamentos de ponta. Um deles permite reduzir a dose de
radiação em tomografias. O
outro facilita a realização de
exames de ressonância magnética em pacientes obesos
ou com claustrofobia.
GOL
Anderson Gurgel, especialista em economia do esporte, fala no podcast Rio Bravo
sobre oportunidades de negócios no esporte, marketing esportivo e retorno de
investimentos. A entrevista
entra hoje no site www.riobravo.com.br/podcast.
ARRENDADO
Cerca de 38% dos veículos
vendidos no primeiro semestre foram pagos por leasing, contra 34% à vista, 25%
pelo CDC e 3% por consórcio, informou a Associação
Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras.
VÔLEI VERDE
A ReUnion e a RB2, que
organizam a etapa brasileira
do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, vão plantar
1.456 mudas de árvores para
neutralizar a emissão de gases de efeito estufa provocadas pelo evento, que será
realizado no Guarujá (SP),
de 15 a 21 de setembro.
NO PAPEL
O venezuelano Ricardo
Hausmann (Harvard e ex-BID) apresenta um diagnóstico do crescimento econômico do Brasil em seminário
no Ibmec, em São Paulo, no
dia 22.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI e VERENA FORNETTI
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