São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2004

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TELEFONIA

Telemar e Brasil Telecom esvaziam concorrência para sobra de licenças, que pode dar 4ª operadora móvel à região

Teles desistem de leilão de celular em SP

ELAINE COTTA
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE

A Telemar e a Brasil Telecom desistiram de entrar no concorrido mercado de telefonia celular de São Paulo, cujas sobras de licenças serão leiloadas na próxima terça-feira pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
As operadoras, que foram apontadas como as favoritas para arrematar as licenças na região metropolitana de São Paulo e no interior do Estado, não apresentaram as garantias que deveriam ter sido entregues ontem à agência.
A Claro e a Telemig Celular foram as únicas que confirmaram interesse no leilão, mas não revelaram em quais áreas irão concorrer. A Anatel vai oferecer as sobras do SMP (Serviço Móvel Pessoal) em São Paulo, Minas Gerais e em seis Estados do Nordeste (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte).
A Claro (controlada pela America Móvil, empresa do mesmo grupo da Telmex, que comprou a Embratel) deve disputar uma das duas áreas de Minas Gerais, onde ainda não tem operação.
Já a Telemig Celular deve concorrer à região do Triângulo Mineiro. Ela é também a única que poderá fazer uma oferta para ser a quarta operadora em São Paulo, mas não confirmou se tem interesse no negócio.

Concorrência
As participações da Telemar e da Brasil Telecom eram consideradas importantes para aumentar a concorrência no segmento de telefonia celular em São Paulo. Atualmente, a região tem apenas três operadoras -Vivo, Claro e TIM- e, com o leilão, passaria a ter quatro, como acontece em outras áreas já leiloadas pela Anatel.
A Telemar é dona da Oi, a quarta maior empresa do setor, atrás da Vivo, da Claro e da TIM. A empresa atua no Rio, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Estados do Norte e Nordeste.
No mês passado, analistas chegaram a cogitar que a Telemar participaria do leilão em consórcio com a Brasil Telecom. A empresa, porém, recuou na última hora da operação, chamada internamente de "Projeto Renata".
Com a saída das duas grandes operadoras, é provável que as áreas que serão leiloadas no Estado encalhem, o que também deve acontecer com as licenças da região Nordeste. Essa, pelo menos, é a estimativa dos bancos Brascan e Merrill Lynch.
Para os analistas, a desistência da Telemar e da Brasil Telecom foi positiva e deve resultar em valorização das ações das empresas.


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