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TELEFONIA
Telemar e Brasil Telecom esvaziam concorrência para sobra de licenças, que pode dar 4ª operadora móvel à região
Teles desistem de leilão de celular em SP
ELAINE COTTA
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE
A Telemar e a Brasil Telecom
desistiram de entrar no concorrido mercado de telefonia celular
de São Paulo, cujas sobras de licenças serão leiloadas na próxima
terça-feira pela Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações).
As operadoras, que foram
apontadas como as favoritas para
arrematar as licenças na região
metropolitana de São Paulo e no
interior do Estado, não apresentaram as garantias que deveriam ter
sido entregues ontem à agência.
A Claro e a Telemig Celular foram as únicas que confirmaram
interesse no leilão, mas não revelaram em quais áreas irão concorrer. A Anatel vai oferecer as sobras do SMP (Serviço Móvel Pessoal) em São Paulo, Minas Gerais
e em seis Estados do Nordeste
(Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do
Norte).
A Claro (controlada pela America Móvil, empresa do mesmo
grupo da Telmex, que comprou a
Embratel) deve disputar uma das
duas áreas de Minas Gerais, onde
ainda não tem operação.
Já a Telemig Celular deve concorrer à região do Triângulo Mineiro. Ela é também a única que
poderá fazer uma oferta para ser a
quarta operadora em São Paulo,
mas não confirmou se tem interesse no negócio.
Concorrência
As participações da Telemar e
da Brasil Telecom eram consideradas importantes para aumentar
a concorrência no segmento de
telefonia celular em São Paulo.
Atualmente, a região tem apenas
três operadoras -Vivo, Claro e
TIM- e, com o leilão, passaria a
ter quatro, como acontece em outras áreas já leiloadas pela Anatel.
A Telemar é dona da Oi, a quarta maior empresa do setor, atrás
da Vivo, da Claro e da TIM. A empresa atua no Rio, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Estados do Norte e Nordeste.
No mês passado, analistas chegaram a cogitar que a Telemar
participaria do leilão em consórcio com a Brasil Telecom. A empresa, porém, recuou na última
hora da operação, chamada internamente de "Projeto Renata".
Com a saída das duas grandes
operadoras, é provável que as
áreas que serão leiloadas no Estado encalhem, o que também deve
acontecer com as licenças da região Nordeste. Essa, pelo menos, é
a estimativa dos bancos Brascan e
Merrill Lynch.
Para os analistas, a desistência
da Telemar e da Brasil Telecom
foi positiva e deve resultar em valorização das ações das empresas.
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