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Greve de metalúrgicos já atinge mais montadoras
Paralisações alcançam fábricas do interior de SP, do ABC paulista e do Paraná
Sindicalistas afirmam que aumento nas vendas das montadoras e benefício tributário justificam a concessão de ganho real
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Funcionários das fábricas da
Honda, em Sumaré (120 km de
SP), e da Toyota, em Indaiatuba
(102 km de SP), deram início
ontem a uma paralisação por
tempo indeterminado, após rejeitarem a proposta de reajuste
de 6,53% feita pelas empresas.
Em São José dos Campos (91
km de São Paulo), trabalhadores da GM também rejeitaram
o reajuste proposto e decidiram
suspender as atividades por 24
horas. É a segunda paralisação
em menos de uma semana.
Os sindicatos de Campinas e
de São José dos Campos pedem
aumento de 14,65%.
"Houve crescimento da venda neste ano, sem contar a ajuda [redução do IPI] que as
montadoras receberam. As empresas têm condições de aumentar a proposta", diz o sindicalista Luiz Carlos Prates.
Segundo ele, todos os 8.300
funcionários da fábrica da GM
de São José dos Campos aderiram à paralisação de 24 horas.
A GM não comentou a greve.
Segundo o sindicato, todos os
funcionários dos dois turnos da
Honda e da Toyota aderiram à
paralisação. A Toyota informou
que espera a retomada das atividades hoje. Já a Honda informou, por meio de nota oficial,
"que aproximadamente 50%
dos 650 funcionários do primeiro turno da linha de produção da fábrica de Sumaré" pararam temporariamente.
No ABC paulista, 5.000 trabalhadores de 12 empresas de
autopeças da região protestaram para pedir aumento real de
salário. Segundo o Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC,
4.000 não entraram nas fábricas e outros mil pararam a produção durante três horas. Os
trabalhadores pedem aumento
acima da inflação.
Anteontem, metalúrgicos de
Taubaté (130 km de São Paulo)
aprovaram o reajuste salarial
de 6,53% oferecido pelas montadoras, sendo 2% de aumento
real. A proposta inclui ainda
abono de R$ 1.500.
Paraná
Representantes dos metalúrgicos, da Renault-Nissan e da
Volkswagen-Audi não chegaram a um consenso ontem, em
Curitiba. A direção das duas
empresas fez nova proposta
que será discutida em assembleia. A Justiça do Trabalho
marcou rodada de negociações
hoje. Os cerca de 8.500 empregados das duas montadoras estão em greve há 13 dias.
(MAURÍCIO SIMIONATO, FÁBIO AMATO E CLAUDIA ROLLI)
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