São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2004

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Petróleo volta a bater recorde em Londres e NY

DA REDAÇÃO

Os preços do petróleo mantiveram a tendência de alta das últimas semanas e voltaram a alcançar novos recordes ontem em Londres e em Nova York.
Os contratos futuros subiram 2,09% na Bolsa Mercantil de Nova York e encerraram a US$ 54,76 o barril, enquanto o petróleo do tipo Brent ganhou 1,58% na Bolsa Internacional do Petróleo, em Londres, para US$ 50,84.
Desde o último pregão do ano passado, o barril já acumula alta de 67% em Nova York e de 71% em Londres, que serve de referência ao mercado europeu.
Analistas atribuíram a alta de ontem ao temor crescente de que a oferta de combustível de calefação não seja suficiente para atender ao aumento da demanda prevista para o inverno nos EUA.
Mas também citaram fatores que têm freqüentado o noticiário econômico nos últimos meses, todos relacionados aos principais produtores mundiais da commodity: incertezas políticas no Iraque, greve na Nigéria, crise da petrolífera russa Yukos.
Existem ainda questões estruturais que ajudam a explicar o salto nas cotações nos últimos meses, entre elas o aumento da demanda mundial, cujo principal "motor" tem sido a economia chinesa.
Segundo analistas, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) tem se mostrado incapaz de acalmar o mercado e controlar os preços, a despeito de sucessivas decisões de seus membros de elevar a produção.
Conseqüentemente, o encarecimento da principal commodity de energia se tornou motivo de preocupação das maiores economias do mundo, que o enxergam como ameaça ao atual momento de recuperação mundial.
Além de limitar o consumo de famílias e empresas, o preço mais elevado do petróleo e de seus derivados -como a gasolina- também afeta negativamente a inflação, o que pode levar a um aumento generalizado dos juros.


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