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foco
PIB de São Paulo cresce no mesmo ritmo nacional e ganha mais peso no país
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Após perder peso no PIB do
país, São Paulo se beneficiou
do crescimento da economia
e retomou espaço em 2005 e
2006, quando sua participação ficou em 33,9%. Em 2004,
havia recuado para 33,1%. Em
2006, o PIB paulista cresceu
4%, no mesmo ritmo do brasileiro, segundo o IBGE.
"Quando o país cresce
mais, SP, que tem a maior e
mais diversificada economia,
se favorece", disse Frederico
Cunha, gerente das Contas
Regionais do IBGE. Apesar da
reação, o peso de SP era maior
em 2002, primeiro ano da
pesquisa (34,6%).
O avanço mais recente da
economia paulista reforça a
concentração da economia
brasileira: quase 80% do PIB
é proveniente de 8 dos 27 Estados. SP, RJ, MG, RS, PR, BA,
SC e DF tinham 78,7% do PIB
do país em 2006 - menos do
que os 79,7% de 2002.
As quatro maiores economias do país -SP, RJ (11,6%),
MG (9,1%) e RS (6,6%)- representavam 61,2% de toda a
produção de bens e serviços
em 2006. Também embalado
pela extração de petróleo, o
Sudeste tinha peso de 56,8%.
O Nordeste também ganhou participação. Depois de
cair para 12,7% em 2004, o
peso da região subiu para
13,1% em 2005 e 2006. Pela
primeira vez desde 2002 (primeiro ano da série), o PIB
nordestino foi o que mais
cresceu: 4,8% em 2006, mesma taxa do Norte.
Em todos os Estados nordestinos, o PIB subiu acima
da média, exceto na Bahia. O
Ceará registrou a maior expansão do país -8%.
No caso do Nordeste, diz
Cunha, o principal impacto
positivo veio da expansão do
comércio, beneficiado pela
injeção de recursos do Bolsa
Família e pelo incremento da
massa salarial e do crédito.
Já os Estados do Sul e os do
Centro-Oeste cederam espaço graças à queda dos preços
agrícolas -especialmente da
soja-, da febre aftosa e de estiagens que atingiram essas
regiões. O peso da região Sul
caiu de 16,6% para 16,3%. Na
Centro-Oeste, ele passou de
8,9% em 2005 para 8,7%.
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