São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2008

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PIB de São Paulo cresce no mesmo ritmo nacional e ganha mais peso no país

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Após perder peso no PIB do país, São Paulo se beneficiou do crescimento da economia e retomou espaço em 2005 e 2006, quando sua participação ficou em 33,9%. Em 2004, havia recuado para 33,1%. Em 2006, o PIB paulista cresceu 4%, no mesmo ritmo do brasileiro, segundo o IBGE.
"Quando o país cresce mais, SP, que tem a maior e mais diversificada economia, se favorece", disse Frederico Cunha, gerente das Contas Regionais do IBGE. Apesar da reação, o peso de SP era maior em 2002, primeiro ano da pesquisa (34,6%).
O avanço mais recente da economia paulista reforça a concentração da economia brasileira: quase 80% do PIB é proveniente de 8 dos 27 Estados. SP, RJ, MG, RS, PR, BA, SC e DF tinham 78,7% do PIB do país em 2006 - menos do que os 79,7% de 2002.
As quatro maiores economias do país -SP, RJ (11,6%), MG (9,1%) e RS (6,6%)- representavam 61,2% de toda a produção de bens e serviços em 2006. Também embalado pela extração de petróleo, o Sudeste tinha peso de 56,8%.
O Nordeste também ganhou participação. Depois de cair para 12,7% em 2004, o peso da região subiu para 13,1% em 2005 e 2006. Pela primeira vez desde 2002 (primeiro ano da série), o PIB nordestino foi o que mais cresceu: 4,8% em 2006, mesma taxa do Norte.
Em todos os Estados nordestinos, o PIB subiu acima da média, exceto na Bahia. O Ceará registrou a maior expansão do país -8%.
No caso do Nordeste, diz Cunha, o principal impacto positivo veio da expansão do comércio, beneficiado pela injeção de recursos do Bolsa Família e pelo incremento da massa salarial e do crédito.
Já os Estados do Sul e os do Centro-Oeste cederam espaço graças à queda dos preços agrícolas -especialmente da soja-, da febre aftosa e de estiagens que atingiram essas regiões. O peso da região Sul caiu de 16,6% para 16,3%. Na Centro-Oeste, ele passou de 8,9% em 2005 para 8,7%.


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