São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 2002

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PAINEL S.A.

Em alta
Os economistas-chefes de bancos estimam, em média, que o Copom irá elevar a taxa de juros para pouco mais de 23%, na reunião desta semana, segundo pesquisa da Febraban. O levantamento com 65 bancos será divulgado amanhã.

Meno male
As projeções também indicam o fechamento do IPCA no ano em 11,39% e uma queda do dólar para R$ 3,56, segundo a Febraban. As estimativas também são que o risco Brasil caia para 1.546 pontos e o superávit da balança comercial chegue a US$ 12,40 bilhões.

Inversão
Para 2003, a estimativa é que o câmbio feche em R$ 3,67 e a inflação fique inferior à deste ano, além de um superávit comercial de US$ 15,56 bilhões. Roberto Troster (Febraban) diz que esses indicadores sinalizam uma aposta em um aperto fiscal e monetário eficazes.

No mercado
O Banco do Brasil começa amanhã a comercializar R$ 500 milhões de debêntures da Petrobras para pessoas físicas, jurídicas e investidores institucionais. A remuneração é atrelada ao IGP-M mais juros, que variam de 9,4% a 9,8% ao ano.

Aquecida 1
O segmento de máquinas e equipamentos agrícolas foi o que mais cresceu no acumulado do ano até outubro: 31,3%, segundo a Abimaq (associação das indústrias de máquinas).

Aquecida 2
Os fabricantes de máquinas para o setor têxtil ganharam fôlego no último mês pesquisado. No acumulado até setembro, o crescimento tinha sido de 12,4%. Com o resultado de outubro, a melhora foi para 21,9%, em comparação a 2001.

Justa medida
A Abrace (associação dos grandes consumidores industriais de energia elétrica) avalia que a equipe de transição do governo no setor energético (Dilma Rousseff e Luiz Pinguelli) tem a dimensão correta do impacto da área na produção.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Intocável
O monopólio de resseguros do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) é um dos limites à economia brasileira, diz Hélio Portocarrero, da Susep (Superintendência Nacional de Seguros Privados). Durante o governo FHC houve a tentativa de quebrar o monopólio da instituição e de ao menos retirar do órgão a função de regulador. "Há um evidente conflito interno entre os papéis de executor de resseguros e de fiscalizador do setor", diz. O que impede, em parte, o maior crescimento da economia. As empresas ficam limitadas à capacidade de administração de risco oferecida pelo IRB às seguradoras. "A tendência é diluir o risco mundialmente para cortar custos." O fim do monopólio do IRB será mais uma tarefa para o próximo governo.


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