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PACOTE
Fazenda divulga hoje termos do acordo com FMI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Fazenda confirmou ontem que a diretoria-executiva do FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou, na
noite de sexta-feira em Washington, a extensão do acordo com o
Brasil, que inclui um empréstimo
de US$ 14 bilhões.
Os detalhes do documento
aprovado pela diretoria por unanimidade na reunião devem ser
divulgados hoje tanto pelo FMI
como pelo governo brasileiro. Até
ontem, o Fundo ainda não havia
divulgado nenhum comunicado
oficial sobre o assunto.
O acordo, anunciado no início
de novembro pelo ministro da
Fazenda, Antonio Palocci Filho, e
pela vice-diretora-gerente do
Fundo, Anne Krueger, terá duração de um ano. Esse é o primeiro
acerto com o FMI sob a gestão de
Luiz Inácio Lula da Silva e o quarto consecutivo do país com o
Fundo desde 1998.
A expectativa é que o acordo
que foi aprovado na sexta-feira
pela diretoria-executiva do Fundo tenha exatamente o mesmo
conteúdo anunciado em novembro por Palocci e Krueger.
Dos US$ 14 bilhões que estarão
disponíveis para o país, US$ 6 bilhões são de recursos adicionais
para 2004. Os outros US$ 8 bilhões fazem parte da parcela final
do acordo de US$ 30 bilhões, formalizado em 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso -esse foi o maior empréstimo
feito pelo Fundo ao país.
"Cheque especial"
Ao anunciar o acordo em novembro, Palocci afirmou que o
país não tinha a intenção de sacar
o dinheiro do FMI. O empréstimo, segundo a equipe econômica,
é uma espécie de "cheque especial" -o dinheiro ficará disponível em caso de necessidade para
enfrentar eventuais turbulências
econômicas, tornando menos imprevisível a trajetória do país no
próximo ano.
Além da linha de crédito de US$
14 bilhões, foi anunciado em novembro que o FMI havia concordado com um maior prazo para o
pagamento da dívida brasileira
com a instituição. O governo estava preocupado com um vencimento de US$ 12 bilhões previsto
para 2005.
Dos US$ 12 bilhões, cerca de
US$ 5,5 bilhões devem ter seu pagamento adiado por dois anos,
deixando parte da dívida para ser
paga pelo próximo presidente.
No acordo, o governo também
vai manter a meta para o superávit primário (economia do setor
público para o pagamento de juros) em 4,25% do PIB (Produto
Interno Bruto). Ao anunciar o
acordo, o governo informou que
negociara com o FMI uma folga
fiscal para investir R$ 2,9 bilhões
na área de saneamento, o que não
foi confirmado mais tarde.
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