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Emenda que amplia idade de 70 para 75 anos será analisada no plenário da Câmara
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ampliação da idade para
aposentadoria compulsória dos
servidores públicos de 70 para
75 anos está pronta para ser
analisada no plenário da Câmara dos Deputados.
O texto da emenda constitucional foi apresentado pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) em 2003, ano da aprovação
da reforma da Previdência.
Durante o debate da reforma,
o governo tentou emplacar a
mudança, mas enfrentou resistências de entidades de classe e
abandonou a polêmica.
A ampliação da idade para a
aposentadoria compulsória
chegou a entrar na chamada
"PEC paralela" da Previdência
para beneficiar só professores
de ensino superior. A tentativa,
no entanto, não prosperou.
A "PEC paralela" foi um remendo feito à reforma da Previdência de 2003 para atenuar
as regras recém-aprovadas pelo
Congresso Nacional para as
aposentadorias.
O PEC (Proposta de Emenda
à Constituição) de Simon eleva
a idade da aposentadoria de 70
para 75, mas determina que essa mudança só entra em vigor
após lei complementar.
A exceção fica com ministros
de tribunais superiores e do
TCU (Tribunal de Contas da
União). Para eles, a aplicabilidade é imediata após a promulgação da PEC.
"Para nós, é estranhável que
renomados juristas com mais
de 70 anos, que foram exemplares e eficientes servidores públicos, ou até mesmo ex-ministros do STF possam ser contratados para elaborar caríssimos
pareceres para a administração
pública e sejam proibidos de
atuar como integrante das instituições", afirma o senador.
Simon também usa o argumento do aumento da expectativa de vida do brasileiro para
defender a proposta.
O Senado concluiu a votação
da PEC em 2005 e o texto foi
remetido para a Câmara.
Nas comissões, os deputados
alteraram o texto para acabar
com a distinção entre os ministros dos tribunais superiores e
do TCU e demais servidores.
Uma vez aprovada, a nova idade máxima para aposentadoria
valeria para todos, sem necessidade de lei complementar.
Isonomia
Os deputados consideraram
a diferenciação inconstitucional. Para o relator da emenda
na comissão, o ex-deputado
João Castelo (MA), era preciso
tratar todos os servidores de
forma igual.
Desde 2006, a PEC aguarda
votação no plenário. Neste ano,
vários deputados apresentaram requerimentos pedindo a
inclusão da proposta na ordem
do dia. O governo, via Ministério do Planejamento, já manifestou ser favorável à mudança.
Para aprovação, ela precisa do
voto favorável de 308 deputados, dois terços do total.
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