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memória
Atuação de Dantas gerou investigações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No dia 25 de abril deste
ano, o banqueiro Daniel
Dantas (Opportunity) recebeu a confirmação de que ficaria mais rico em US$ 1 bilhão. Contudo, o dia que parecia consagrar o final de
uma briga e de negociações
que se arrastavam por anos,
com o fechamento do acordo
de venda da Brasil Telecom
para a Oi, representava também o episódio de uma nova
batalha do banqueiro.
A fusão entre as duas teles
foi um dos tópicos investigados pela Polícia Federal, ainda que indiretamente, na
Operação Satiagraha, que levaria à prisão Dantas e mais
21 pessoas, incluindo vários
executivos do Opportunity.
Dantas foi parte central
nas negociações da venda da
BrT para a Oi. O Opportunity
era acionista nas cadeias societárias das duas empresas.
Para defender os seus interesses na transação perante
o governo e os fundos de
pensão, ele contratou o ex-deputado petista e advogado
Luiz Eduardo Greenhalgh.
No relatório da Satiagraha, a
Polícia Federal descreveu a
atuação de Greenhalgh como
"tráfico de influência" e
"lobby" sobre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Dilma teria sido procurada
por Greenhalgh em março,
um mês antes da venda da
empresa. Segundo a PF,
Greenhalgh, em uma de suas
conversas grampeadas, disse
que Dilma teria mandado "o
recado" de que "eu [ministra] não quero falar sobre esse assunto, que o governo já
se meteu demais". As investigações da PF não esclareceram até agora como e se o
lobby de Greenhalgh reverteu em benefício a Dantas.
Sabe-se, contudo, que o
banqueiro foi um dos maiores beneficiários da operação. Além de embolsar cerca
de US$ 1 bilhão de dólares,
todas as ações na Justiça que
os fundos de pensão estatais
e o Citibank (sócios das BrT)
moveram contra o Opportunity, acusando o grupo de
Dantas de fraudes e desvios
na gestão da BrT, foram retiradas como parte do acordo
de venda da empresa à Oi.
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