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EUA vetam benefício como o do brasileiro
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
Se tivesse sido nomeado
"chairman" do Fed (Federal
Reserve) em vez de presidente
do BC (Banco Central), Henrique Meirelles teria de largar sua
aposentadoria privada do
FleetBoston, onde esteve até
agosto de 2002, e vender suas
417.389 ações do banco para
evitar conflito de interesses.
Essas têm sido as determinações do "Office of Government
Ethics", conselho de ética que
fiscaliza nomeações para a administração federal direta nos
EUA e para o Fed.
Em 1996, o conselho uniformizou o entendimento de que,
diferentemente de aposentadorias públicas, planos de previdência privada têm relação
com antigos empregadores.
"Planos de previdência privada são tão ligados às companhias patrocinadoras que um
funcionário do governo participante ou beneficiário do plano possui um interesse financeiro capaz de criar um conflito
de interesses", definiu Stephen
Potts, agente do conselho, em
várias decisões relacionadas
com previdência privada de
funcionários públicos no país.
Nos EUA, Meirelles também
teria que vender suas ações do
banco. Em 2001, o ex-secretário
do Tesouro Paul O'Neill foi instado pelo "Office" a vender
suas ações na Alcoa, companhia que presidia antes de entrar no governo, no valor de
US$ 100 milhões. O vice-presidente Dick Cheney vendeu
US$ 80 milhões em ações da
Halliburton, companhia de
energia que presidia.
A lógica disse é que as autoridades tomam decisões que afetam não só seus próprios patrimônios como também a solidez dos planos privados de
aposentadoria.
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