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PETRÓLEO
Unidade vai para Campos
Petrobras vai "alugar" plataforma holandesa
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras concluiu no dia 10
deste mês o processo licitatório
para a contratação da unidade de
produção que irá operar no campo de Marlim Sul, localizado na
bacia de Campos (litoral do Estado do Rio).
A estatal decidiu pelo afretamento (aluguel) e prestação de
serviços de uma plataforma de
produção e armazenamento já
existente. A empresa vencedora
foi a SBM do Brasil Ltda., ligada
ao grupo holandês IHC Caland
NV.
A Petrobras não informou
quando a plataforma começará a
funcionar nem o custo da contratação. Mas, de acordo com informações da "Reuters", o contrato
firmado entre a petrobras e a empresa holandesa será de US$ 500
milhões. No total, dez empresas
participaram da licitação, iniciado em agosto do ano passado.
De acordo com a Petrobras, que
divulgou uma nota no início da
noite de ontem anunciando o resultado, a contratação por afretamento é mais interessante, do
ponto de vista econômico, pois a
plataforma vai operar por um período considerado pequeno -sete anos e dez meses.
A empresa também informou
que a construção de uma unidade
de produção própria seria economicamente inviável, porque, por
se tratar de uma plataforma para
uso temporário, o período para
amortização dos investimentos
seria muito curto.
De acordo com informações da
Petrobras, a recuperação de investimentos desse porte requer
um prazo de mais de 20 anos.
A utilização de mais uma unidade em Marlim Sul se tornou necessária porque a produção do
campo ficou muito acima do esperado à época do projeto.
Os poços de Marlim Sul foram
projetados inicialmente para serem todos interligados à plataforma P-40, que começou a operar
em dezembro de 2001.
Hoje, a P-40 produz 155 mil barris de petróleo diariamente, capacidade limite da plataforma. O
campo, no entanto, pode produzir mais de cem mil barris por dia,
capacidade da nova unidade, segundo a Petrobras.
A nova plataforma ficará ancorada nas proximidades da P-40,
em lâmina d"água de 1.210 m.
Na campanha eleitoral do ano
passado, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) criticou a Petrobras pelo fato de contratar empresas estrangeiras para construir
plataformas no exterior, deixando de gerar empregos no Brasil.
Lula referia-se às plataformas P-50, P-51 e P-52. O então candidato
reclamou do fato de a licitação da
P-50 ter sido vencida por uma
empresa de Cingapura.
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