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Teles prevêem perda com conta por minuto
Associação estima que usuários poderão se enquadrar em planos mais adequados ao seu perfil, o que acarretará receita menor
Com o sistema de pulsos,
medição é imprecisa e não
permite monitorar o perfil
das ligações fixas locais;
mudança começa em março
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As empresas de telefonia fixa
avaliam que poderão ter perdas
financeiras com a implantação
do sistema de tarifação por minuto para ligações locais. Como
o sistema de minutos é mais
transparente, os usuários, com
o tempo, poderão se enquadrar
em planos mais adequados ao
seu perfil de uso.
Com o sistema de pulsos, isso
não é possível porque a medição é imprecisa e, por isso, não
permite ao usuário monitorar o
perfil das ligações fixas locais. O
fim da cobrança por pulso se
inicia em março e, a partir de 1º
de agosto, não existirá mais.
"Se houver uma escolha racional ao longo do tempo, vai
haver perda de receita para as
operadoras", disse José Fernandes Pauletti, presidente-executivo da Abrafix (Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo
Comutado).
Além dos planos específicos
que cada concessionária pode
criar para oferecer facultativamente aos seus clientes, haverá
dois planos obrigatórios: o básico e o alternativo. O básico, recomendado a quem faz ligações
de curta duração (menores que
três minutos), tem franquia
mensal de 200 minutos.
O alternativo tem franquia
de 400 minutos, mas tem taxa
de completamento de ligações,
equivalente a quatro minutos.
Esse plano é mais indicado para
quem faz ligações locais de longa duração, especialmente para
acesso discado à internet.
Orientação
A orientação de Pauletti para
o consumidor que está em dúvida sobre qual plano escolher é
não fazer nada. Ao não manifestar sua opção, o usuário é automaticamente enquadrado no
plano básico. A partir daí, segundo ele, o consumidor deve
esperar a chegada de três ou
quatro contas para poder avaliar corretamente o seu perfil.
Para fazer essa avaliação, o
consumidor deverá solicitar
uma conta detalhada -que deverá ser fornecida sem custos.
As concessionárias de telefonia fixa não são obrigadas a fazer a modificação em todos os
locais. Onde não for implantada a cobrança por minutos, no
entanto, os assinantes não pagarão mais por ligações locais
feitas para outros telefones fixos. Serão cobradas só assinatura e ligações para celulares ou
de longa distância.
A Abrafix estima que 3% dos
42 milhões de usuários das
concessionárias fixas não serão
cobrados por minutos e passarão a ter o que se chama de "tarifa flat" para ligações locais. Isso deve acontecer principalmente em pequenos municípios do interior nas áreas da
Brasil Telecom e da Telemar.
A Telefônica disse que fará a
conversão para minuto em todo o Estado de São Paulo.
A mudança de pulso para minutos favorece quem faz ligações mais curtas. Para ligações
de maior duração, o custo deve
subir. A Pro Teste informou haver aumentos de até 127% no
custo de uma ligação de sete
minutos no plano básico.
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