São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2007

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País fará lobby nos EUA e Índia por Doha

Itamaraty busca mais concessões de Nova Déli na agricultura e que Congresso americano apóie rodada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a mudança na composição do Congresso americano, com os democratas nas duas Casas pela primeira vez no governo de George W. Bush, a conclusão da Rodada Doha de liberalização do comércio mundial passou a depender ainda mais dos EUA, segundo avaliação do Itamaraty.
Para tentar salvar a rodada e chegar a um resultado até março, o governo brasileiro vai mandar especialistas do Ministério da Relações Exteriores a Washington, onde farão lobby em favor da renovação da TPA (Trade Promotion Authority), e à Índia, para tentar convencer o governo indiano a ser mais flexível na negociação agrícola.
Tradicionalmente mais protecionistas, os democratas estão menos propensos a renovar a TPA, que expira em julho. A TPA é o instrumento legal com que o Legislativo americano autoriza o Executivo a negociar acordos comerciais só precisando submetê-lo ao Congresso ao fim da negociação, sem possibilidade de emendas.
Os negociadores consideram que não é mais possível retomar as negociações e chegar a um entendimento viável em tempo hábil. Por isso, os representantes dos principais países negociadores estão se esforçando para chegar a algum entendimento que sinalize ao Congresso americano que as negociações vão bem e que vale a pena renovar a TPA.
Esse entendimento poderá sair de encontro no Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça, no próximo dia 24, entre a representante de Comércio dos EUA, Susan Schwab, o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, e o ministro de comércio da Índia, Kamal Nath. Os dois últimos lideram o G20, grupo de países em desenvolvimento.


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