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País fará lobby nos EUA e Índia por Doha
Itamaraty busca mais concessões de Nova Déli na agricultura e que Congresso americano apóie rodada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a mudança na composição do Congresso americano,
com os democratas nas duas
Casas pela primeira vez no governo de George W. Bush, a
conclusão da Rodada Doha de
liberalização do comércio
mundial passou a depender
ainda mais dos EUA, segundo
avaliação do Itamaraty.
Para tentar salvar a rodada e
chegar a um resultado até março, o governo brasileiro vai
mandar especialistas do Ministério da Relações Exteriores a
Washington, onde farão lobby
em favor da renovação da TPA
(Trade Promotion Authority),
e à Índia, para tentar convencer
o governo indiano a ser mais
flexível na negociação agrícola.
Tradicionalmente mais protecionistas, os democratas estão menos propensos a renovar
a TPA, que expira em julho. A
TPA é o instrumento legal com
que o Legislativo americano
autoriza o Executivo a negociar
acordos comerciais só precisando submetê-lo ao Congresso ao fim da negociação, sem
possibilidade de emendas.
Os negociadores consideram
que não é mais possível retomar as negociações e chegar a
um entendimento viável em
tempo hábil. Por isso, os representantes dos principais países
negociadores estão se esforçando para chegar a algum entendimento que sinalize ao Congresso americano que as
negociações vão bem e que vale
a pena renovar a TPA.
Esse entendimento poderá
sair de encontro no Fórum
Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça, no próximo dia 24, entre a representante de Comércio dos EUA,
Susan Schwab, o comissário de
Comércio da União Européia,
Peter Mandelson, o chanceler
brasileiro, Celso Amorim, e o
ministro de comércio da Índia,
Kamal Nath. Os dois últimos lideram o G20, grupo de países
em desenvolvimento.
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