São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

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Vaivém das commodities

akianek@folhasp.com.br

POUCO FEIJÃO
O feijão paranaense -tão aguardado pelo mercado- ainda não chegou à Bolsinha de São Paulo. Resultado: os preços iniciaram nova pressão de alta. Como o volume colhido ainda é pequeno, os produtores de Paraná e Rio Grande do Sul estão negociando nas praças locais, segundo Rafael Poerschke, analista da Safras & Mercado.

CHUVAS ATRAPALHAM
No Paraná, as chuvas têm atrapalhado a colheita do feijão, atrasando ainda mais a chegada do produto a São Paulo. Cerca de 25% da safra paranaense foi colhida. No Rio Grande do Sul, o índice chega a 30%. Para Poerschke, o mercado só deve se estabilizar em 15 dias, quando um maior volume de feijão deve estar disponível.

PREÇOS EM ALTA
Segundo o IEA, ontem, a saca de feijão do tipo carioquinha de melhor qualidade subiu 6,3%, para R$ 255 -a maior cotação desde o dia 12 de dezembro. Neste ano, o produto acumula alta de 21%. Segundo pesquisa da Folha, a saca foi negociada, em média, a R$ 240.

SAFRA COMPROMETIDA
A nova safra de feijão do Nordeste já está comprometida. Segundo a Brandalizze Consulting, em Irecê (BA), as lavouras, que estão em fase de floração, estão sendo afetadas pela seca. Pelo menos 50% do potencial da safra já está perdido.

MENOS AGRESSIVA
Pela primeira vez nos últimos anos, a ferrugem asiática da soja vem contrariando as expectativas. A doença está evoluindo de forma menos agressiva que em anos anteriores. "A falta de chuva no início da safra, além de atrasar a semeadura, prejudicou o desenvolvimento da ferrugem", diz Rafael Moreira Soares, da Embrapa Soja.

CONTRATO FUTURO
A BM&F estuda a criação de um contrato futuro de couro. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais do produto. As exportações de couro em 2007 somaram mais de US$ 2,2 bilhões, valor 22% superior ao registrado no ano anterior. A iniciativa conta com o apoio do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil.

SECA NA FLÓRIDA
A cotação do primeiro contrato do suco de laranja na Bolsa de Nova York subiu 3,4% ontem, devido à especulação de que o tempo seco poderá encolher a safra na Flórida (EUA). Em 12 meses, o suco acumula desvalorização de 31%.

MINORITÁRIOS
A Perdigão, maior empresa brasileira de alimentos, pretende comprar as ações dos investidores minoritários da Eleva Alimentos por R$ 176 milhões. A empresa comprará 6,8 milhões de ações -que correspondem a 46% dos papéis da Eleva em circulação- pelo valor unitário de R$ 25,85.


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