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Real sofre recusa na fronteira
LEO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
FERNANDO MENDONÇA
da Agência Folha, em Curitiba
Algumas casas comerciais na
fronteira do Brasil com a Argentina (Paso de Los Libres), com o
Uruguai (Chuí e Rivera) e com o
Paraguai (Ciudad del Este) começaram ontem a evitar vender produtos por reais ou, em uma medida menos drástica, a cotar a moeda
norte-americana com um valor
bastante superior ao utilizado no
câmbio do Brasil.
Especialmente na fronteira entre
Brasil e Argentina, o real começou
a ser recusado em algumas casas
comerciais. O peso argentino vale
o mesmo que o dólar, devido à lei
da "convertibilidade" (que vincula
uma moeda à outra).
A maior parte das casas comerciais, tanto na Argentina quanto
no Uruguai, ainda aceita o real,
mas já começa a haver algum tipo
de resistência. Os comerciantes
evitam falar sobre o assunto.
"O normal para nós é o dólar a
R$ 1,45. No comércio informal, eu
não posso dizer se está ocorrendo
algo diferente", disse, de Rivera
(cidade que faz divisa com Livramento), o secretário-geral da Associação dos Free Shops, Washington Cavallero.
Algumas casas de câmbio em
Ciudad del Este (fronteira do Brasil com o Paraguai) chegaram a pedir ontem R$ 1,80 por dólar.
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