São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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Real sofre recusa na fronteira

LEO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

FERNANDO MENDONÇA
da Agência Folha, em Curitiba

Algumas casas comerciais na fronteira do Brasil com a Argentina (Paso de Los Libres), com o Uruguai (Chuí e Rivera) e com o Paraguai (Ciudad del Este) começaram ontem a evitar vender produtos por reais ou, em uma medida menos drástica, a cotar a moeda norte-americana com um valor bastante superior ao utilizado no câmbio do Brasil.
Especialmente na fronteira entre Brasil e Argentina, o real começou a ser recusado em algumas casas comerciais. O peso argentino vale o mesmo que o dólar, devido à lei da "convertibilidade" (que vincula uma moeda à outra).
A maior parte das casas comerciais, tanto na Argentina quanto no Uruguai, ainda aceita o real, mas já começa a haver algum tipo de resistência. Os comerciantes evitam falar sobre o assunto.
"O normal para nós é o dólar a R$ 1,45. No comércio informal, eu não posso dizer se está ocorrendo algo diferente", disse, de Rivera (cidade que faz divisa com Livramento), o secretário-geral da Associação dos Free Shops, Washington Cavallero.
Algumas casas de câmbio em Ciudad del Este (fronteira do Brasil com o Paraguai) chegaram a pedir ontem R$ 1,80 por dólar.



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