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Petrobrás vê dívida subir US$ 1,18 bi
da Sucursal do Rio
A Petrobrás foi a empresa brasileira que sofreu o maior impacto nominal
sobre as suas dívidas com a desvalorização do real.
Com débitos em dólar de US$ 6,3
bilhões, segundo o banco Icatu, a
estatal viu em uma semana o seu
endividamento nessa moeda aumentar em US$ 1,18 bilhão.
A estatal importa por dia entre
700 mil e 800 mil barris de petróleo
e derivados. Pelos números do fechamento do mercado de câmbio
de ontem, a empresa também vai
precisar de mais 18,8% em reais
para cada dólar de importação.
Segundo a analista Ana Siqueira,
do Icatu, o ideal para a Petrobrás é
que haja um reajuste nos preços
dos combustíveis para compensar
esse aumento de gastos, embora,
para ela, isso não seja essencial.
Como os preços do petróleo caíram sistematicamente desde o início do ano passado, sem que houvesse uma redução do preço fixado
pelo governo, isso deu à empresa
uma folga de caixa que poderá ser
usada agora.
"O caixa da Petrobrás vai sofrer o
impacto, mas a empresa não está
mal economicamente", disse Siqueira. Essa visão dos analistas
respaldou o bom desempenho das
ações da estatal nas Bolsas ontem.
A direção da Petrobrás não fez comentários nem forneceu números.
Outra grande empresa, a Vale do
Rio Doce, comemorou a desvalorização cambial. "Empresas exportadoras com baixo endividamento
vão sair ganhando", disse Antônio
Maria de Castro Pereira, gerente de
Relações com o Mercado.
Segundo ele, é essa a situação da
Vale. Com um faturamento estimado para 98 em cerca de R$ 3,1
bilhões, a empresa recebe em dólar
90% dessa receita (R$ 2,79 bilhões)
e tem uma dívida em moeda norte-americana de US$ 2,15 bilhões.
A CSN (Companhia Siderúrgica
Nacional), dona da maior usina siderúrgica do país, tem motivos para preocupações. A empresa tem
85% da sua dívida de R$ 3,4 bilhões
atrelada à variação do dólar.
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