São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008

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Gol tem queda acima de 60% no lucro do ano e do 4º tri

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

A crise no setor aéreo, agravada com o acidente da TAM, que resultou nas restrições no aeroporto de Congonhas (SP), e a incorporação da Varig impactaram negativamente o resultado da Gol no ano passado. O lucro líquido da companhia teve queda de 60,8% no comparativo com 2006, totalizando R$ 268,5 milhões. No quarto trimestre, a redução foi de 60,2%.
O resultado levou a um recuo de 4,97% no valor das ações da empresa ontem, a maior queda registrada no Ibovespa. O resultado considera o padrão contábil brasileiro, que aponta aumento de 30,6% na receita e crescimento bem acima disso (57,4%) nas despesas no ano.
Quando o padrão contábil analisado é o norte-americano, houve queda de 82% no lucro líquido no ano (R$ 102,5 milhões) e prejuízo de R$ 24,2 milhões no último trimestre.
O "yield" (média que um passageiro paga por quilômetro voado) caiu 16,6% em 2007. Para Alexandre Oliveira, diretor do Nectar (Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do Transporte Aéreo), a redução poderia ser ainda maior por causa do caos aéreo e da concorrência acirrada. "Quando a tendência é ter aeronaves mais vazias, as companhias aéreas diminuem o preço", afirma.
As mudanças na malha aérea para desafogar o aeroporto de Congonhas, com transferência de vôos para Cumbica, em Guarulhos (SP), no segundo semestre, levou a menores taxas de ocupação nos aviões -queda de 73,1% para 66% no ano- e aumento do tempo de solo.
A companhia terminou 2007 com 39,56% de participação em vôos domésticos, contra 34,05% no ano anterior, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A TAM segue na liderança, com 48,86%.


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